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Jornalista se explica após ser alvo de críticas por fala sobre Jacarezinho

Daniela Lima, jornalista da CNN Brasil - CNN / Divulgação
Daniela Lima, jornalista da CNN Brasil Imagem: CNN / Divulgação

Do UOL, no Rio e em São Paulo

08/05/2021 12h28Atualizada em 08/05/2021 17h57

A jornalista da CNN Daniela Lima se explicou após uma declaração sua, sobre as 29 mortes que ocorreram durante a operação policial no Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro, ser alvo de críticas nas redes sociais. Uma das críticas foi do jogador Neymar Jr.

Ao comentar a operação na CNN, Daniela falou que a ação foi desastrada e trágica. O trecho em vídeo repercutiu em redes bolsonaristas e foi repostado, com críticas, pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

"O discurso da polícia é que estava todo mundo fortemente armado. Aparentemente, estavam muito armados, mas não sabiam atirar, né? Eram 24 armados, mataram só um [policial] do outro lado e morreram todos esses, né?".

"O que tem que prender 21, deixa quase 30 mortos e prende seis, não pode ser considerada eficaz. Obviamente estou questionando a tese de confronto, como também fez o STF. Eu, ao contrário de alguns, não queria ninguém morto", escreveu ela hoje, no Twitter.

Em nenhum momento quis minimizar a morte do policial. Rogo por um país em que a polícia não tenha que matar e muito menos que morrer. Que tenha condições de, com segurança, cumprir a lei. Prender quem deve ser preso.

O número de mortos na operação que a Polícia Civil do Rio fez no Jacarezinho subiu para 29. A polícia, no entanto, não informou de onde veio mais esse óbito. Até então, a Polícia Civil tinha confirmado a morte de 28 pessoas, dentre elas o policial civil André Leonardo Mello Frias, de 48 anos.

A ação na favela é considerada a operação mais letal da história do Rio de Janeiro, segundo pesquisadores, associações e profissionais que atuam na área. Ela ocorreu após o STF (Supremo Tribunal Federal) restringir operações durante a pandemia e a menos de uma semana da posse definitiva do governador Cláudio Castro (PSC) depois do impeachment de Wilson Witzel.

O Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos criticou a violência na comunidade e pediu que investigações imparciais sejam abertas.