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Paulo Coelho faz nova crítica contra governo: 'Bolsonaro não é o Brasil'

Paulo Coelho costuma fazer declarações sobre o Brasil na web - Foto: Reprodução / Instagram
Paulo Coelho costuma fazer declarações sobre o Brasil na web Imagem: Foto: Reprodução / Instagram

Do UOL, em São Paulo

12/10/2021 16h59Atualizada em 12/10/2021 16h59

Paulo Coelho voltou a usar suas redes sociais para criticar Jair Bolsonaro (Sem Partido), em que afirmou que a identidade do Brasil não está atrelada a do chefe do Executivo.

"Aos meus 15,4 milhões de seguidores: Brasil não é o Bolsonaro. Bolsonaro não é o Brasil", escreveu o escritor em um recado para seus fãs no Twitter, na tarde de hoje. Essa não é a primeira vez que o membro da Academia Brasileira de Letras faz oposição ao presidente. Em julho deste ano, ele afirmou que, apesar de não acreditar em impeachment, o político está "sangrando aos poucos".

No mesmo mês, Paulo opinou que os ataques de Bolsonaro a seus opositores são um sinal de "fraqueza", durante participação em evento organizado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a Comissão Arns pela defesa dos direitos humanos.

Ganhar e perder faz parte da vida, mas ameaçar como ele tem ameaçado, questionando as eleições, por exemplo, é um sinal de fraqueza total. A fraqueza de alguém que sabe que está sozinho. Paulo Coelho

Em maio, ao comentar a morte do ator Paulo Gustavo, que foi vítima de complicações da covid-19, ele definiu as pessoas que negaram a gravidade da doença como "canalhas da pior espécie". Já em sua crítica mais recente, feita no início de outubro, o escritor comentou a foto em que Bolsonaro segura de uma criança no colo enquanto o menor carrega uma réplica de um fuzil.

Em seu perfil no Twitter, Paulo Coelho postou as fotos do político brasileiro junto a imagem de um integrante do grupo extremista Talibã, mas não escreveu nada na legenda.

O episódio protagonizado por Jair Bolsonaro durante um evento em Minas Gerais também motivou uma denuncia contra o presidente apresentada por cerca de 80 ativistas pelos Direitos Humanos, que levaram o caso ao Comitê dos Direitos das Crianças da ONU (Organização das Nações Unidas).

Na denuncia, os ativistas apontaram violação de direitos humanos devido ao fato de o político fazer uso de crianças "para estimular a política de armamento" no Brasil, e dizem haver uma violação do artigo 227 da Constituição Federal, o artigo 4º do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), além dos artigos 3º e 16º da Convenção sobre Direitos das Crianças, que tem o Brasil como signatário.