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Para o bem ou para o mal, "Fazenda" sofre de "Maradependência"

21.out.2015 - Mara não escondeu a felicidade com a punição recebida nesta quarta-feira: "Ótimo! Não como carne, mesmo" - Reprodução/Record
21.out.2015 - Mara não escondeu a felicidade com a punição recebida nesta quarta-feira: "Ótimo! Não como carne, mesmo" Imagem: Reprodução/Record

Mauricio Stycer

Crítico do UOL

23/10/2015 05h01

Em um momento raro, possivelmente inédito em um reality show, um grupo de peões da “Fazenda” se reuniu esta semana para pedir a saída de uma participante aos gritos.  “Fora, Mara!”, eles berraram.

A cena, surpreendente, deu uma boa ideia do impacto que a presença de Mara Maravilha está causando no programa. A cantora, com seu comportamento extravagante, se tornou inimiga de boa parte dos participantes. 
 
Inteligente, Mara provoca, faz intriga, diz “verdades” na cara, irrita, chama a atenção de todos para si. Em alguns momentos, se faz de doida e causa punições para todo o grupo de forma voluntária. Como fazendeira, na última semana, foi ainda mais abusada, se colocando, como bem mostrou a edição, na posição de rainha.
 
Para os fãs da cantora aqui fora, Mara já posa como campeã. Para os que não gostam da sua postura, a ideia de vê-la como vencedora do prêmio de R$ 2 milhões soa como um pesadelo.
 
A favor de Mara há ainda um problema – poucas vezes “A Fazenda” reuniu um elenco tão inexpressivo. Se Rafael Ilha tivesse entrado, talvez, as coisas fossem diferentes. Mas com essa configuração, até o momento, não há antagonistas à altura da cantora.
 
Por tudo isso, e mais um pouco, Mara monopolizou a oitava edição da “Fazenda” como poucos participantes fizeram antes. O programa se tornou dependente dela. Imagine o reality hoje sem a cantora. 
 
Esta “Maradependência” é, ao mesmo tempo, um trunfo e uma fraqueza da “Fazenda”. Vamos acompanhar os próximos episódios.