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Novo Justus está mais calmo e menos robótico, mas escorrega no machismo

Roberto Justus explica sobre o envelope vermelho da semana  - Reprodução/Record
Roberto Justus explica sobre o envelope vermelho da semana Imagem: Reprodução/Record

Maurício Stycer

Colunista do UOL

06/10/2017 11h23

Demorou, mas Roberto Justus começou a dar sinais de que está se sentindo em casa. O robozinho, que apenas lia o teleprompter (TP) enfatizando as sílabas do texto como professor de escola primária, está dando lugar a um apresentador mais seguro e calmo.

O espectador desta nova edição da “Fazenda” teve a oportunidade de ver o novo Justus em ação nesta quinta-feira (05), dia da eliminação de Fábio Arruda. Três semanas depois da estreia, finalmente, o apresentador parou de gritar e mexer os braços mecanicamente.  
 
Justus não abandonou o TP, mas mostrou que sabe controlar o tom de voz. Parou de enfatizar as bobagens escritas para ler e procurou se mostrar mais “humano”. Foi aí, infelizmente, que escorregou.
 
Ao parabenizar Marcelo Zangrandi, o Ié Ié, que ficou com 83,03% dos votos na disputa com Arruda, Justus pediu um abraço e improvisou um recado: 
 
“Ó, só uma coisinha rápida. Opinião de homem: não dá muito mole pra mulher porque aí você não conquista. Dá um pouco mais duro que você vai ver onde você vai chegar.”
 
A dica machista dirige-se à forma como Ié Ié vem conduzindo sua relação com a ex-BBB Flavia Viana. “Eu sei disso, obrigado”, respondeu Marcelo a Justus.
 
A intervenção do apresentador foi condenada por muitos espectadores. Representa, de fato, uma intervenção externa ao jogo, o que vai contra os princípios dos realities de confinamento. 
 
O recado de Justus a Ié Ié lembrou o episódio do “caps lock”, ocorrido no “BBB10”. Na ocasião, a produção da Globo deixou que uma candidata, Fernanda, recebesse uma informação externa, a de que estava solteira, com o objetivo que se soltasse mais no jogo. A informação veio escrita em letras maiúsculas (“caps lock”).