Confinado há 140 dias em 2017, Marcos virou "ombudsman" de reality show

Neste domingo, Marcos Harter comemora 140 dias de confinamento em 2017. É seguramente o brasileiro que, por vontade própria, e não por decisão da Justiça, mais tempo cumpriu pena de restrição de liberdade este ano.
Os 140 dias de Marcos dentro de algum reality show representam 43% do ano, até agora. Ou seja, o médico passou praticamente metade de 2017 sob o olhar de dezenas de câmeras, ouvindo discursos de Tiago Leifert e Roberto Justus, levando broncas de Boninho e Rodrigo Carelli, e convivendo com muita gente estranha em festas esquisitas.
Esta longa exposição transformou Marcos. Seria um caso para a ciência, mas por enquanto é apenas uma curiosidade para fãs (e haters) de realities show e gente que, como eu, ganha para escrever a respeito.
Como está muito longe do consultório, o cirurgião plástico combate o tempo ocioso dando consultas para os colegas e oferecendo rinoplastias e abdominoplastias gratuitas para quando, finalmente, reencontrar a liberdade.
Outro efeito colateral da prolongada restrição de liberdade é que Marcos agora acha que é um especialista em reality show. Virou uma espécie de “ombudsman”, o profissional de mídia contratado para ouvir os leitores e espectadores e criticar o próprio veículo em que trabalha.
Nesta altura da “Fazenda”, passa os dias criticando os colegas “vetezeiros”. O termo designa aqueles que, na sua opinião, agem movidos exclusivamente pelo desejo de ganhar um VT na edição diária que a Record exibe para o público.
Flávia tem sido o principal alvo desta sua crítica. No programa de sábado (18), ouvimos o médico reclamar:
“Há a necessidade de lavar louça com água de poço se a água vai chegar em meia hora? Meu, lavou o banheiro hoje. Ela faz o VT de empregada doméstica. Nada contra empregada doméstica, mas ela força a barra, velho. Ridículo.”
Antes, ele filosofou para Monique: “No final das contas, eu paro e penso: quem tem que ganhar um reality? É quem tá enganando a maior parte do povo por mais tempo”. Com toda esta sua experiência acumulada em 2017, Marcos parece ter demorado a aprender algo essencial.
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