Olha ela: Ana Paula Renault virou tabu na Rede Globo
Li agora há pouco que Jaqueline cometeu a ousadia de proferir o bordão “olha ela”, popularizado por Ana Paula Renault em sua inesquecível passagem pela "Big Brother Brasil".
Eis que a jovem cidadã foi rapidamente repreendida pela produção do programa.
Ao longo da jornada do "BBB" em nossos televisores, o grande trunfo sempre foi seus participantes. Cirurgicamente escolhidos por uma das mais capazes equipes de produção das Américas, foram as dezenas de homens e mulheres providos de profunda desinibição que trouxeram fama e fortuna ao formato.
Negar o cânone do próprio programa, fingindo que as temporadas anteriores jamais aconteceram, é no mínimo estranho. Empurrar para debaixo do tapete o impacto sócio-cultural de uma das suas mais clássicas protagonistas é enfraquecer ainda mais o “reality” do termo reality show.
Tanto se reclama que o Brasil é um país sem memória. As línguas ferinas também se refestelam ao dizer que a alcunha de ex-BBB é um passaporte rumo ao oblívio. A nova organização da cultura popular já não permite afirmar essas bravatas com tanta facilidade. Nos lembramos muito bem das coisas, remixando tudo em forma de piada na internet. E Renault, assim como as globais Vivian Amorim e Fernanda Keulla, demonstram que existe dignidade e relevância para veteranos do reality.
Por um "BBB" mais antropofágico! Ana Paula Renault não pode virar tabu no programa que muito se beneficiou de tão luminosa presença.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.