Absolutamente ninguém na casa se abalou com a "eliminação" de Gleici
Tem uma música do repertório de Arlindo Cruz que eu gosto muito, se chama “Meu Gurufim”. É sobre um cidadão, talvez um narcoléptico, que resolve fingir que morreu para ver quem vai lamentar quando ele realmente partir dessa para uma melhor. É uma ode à paranóia, mas pelo menos é uma ode bem suingada.
No primeiro trecho, dá pra entender qual a intenção da mecância proposta pelo "BBB18" aos seus participantes.
“Eu vou fingir que morri / pra ver quem vai chorar por mim / e quem vai ficar gargalhando no meu gurufim”
Logo na sequência, a grande expectativa para a festa de logo mais: será que Wagninho da Sequela encarnará o viúvo de Taubaté?
“Quem vai beber minha cachaça / e tomar do meu café / e quem vai ficar paquerando a minha mulher”
Como arremate, o gran finale esperado para sexta-feira.
“Quando o caixão chegar / eu me levanto da mesa / e vou logo apagar / as quatro velas acesas / e vou dizer pra minha mãe / não chora / que amigo a gente vê é nessa hora...”
Mas o fato é que ninguém deu muita importância para a ‘eliminação’ da Gleici. Não houve choro, nem vela. Chegaram a comentar que ela era muito quietinha, por isso não ficou. Mal sabem o que está para acontecer.
Depois de mais uma eliminação verdadeira, além da falsa, vamos à cotação da semana.
O "BBB" tem essa misteriosa sincronicidade que permite aos favoritos se tornaram ainda mais populares em determinados momentos do jogo. Na mesma semana em que Kaysar caiu em desgraça, Gleici conseguiu atrair ainda mais holofotes ao entrar no quartinho da vingança. Para melhorar, nenhum dos participantes mais próximos demonstrou maiores consternações com a saída cênica da amiga. Rejeitada pelos adversários e admirada por um público cada vez maior, acho que pintou a campeã.
Ayrton e Ana Clara continuam protagonizando o relacionamento com a dinâmica mais divertida e interessante da edição. Logo que deixaram de ser líderes, a casa novamente voltou-se contra Ayrton, que é realmente um sujeito difícil de lidar. Mas quem é humilhado lá dentro acaba exaltado aqui fora.
O retorno do paredão deu um ganho na já inabalável autoconfiança de Paula. Venceu Mahmoud por uma diferença até segura, o que indica que o público telespectador não tem medo de cáries. A doceira é uma mania nacional.
Breno fala pouco. E quando fala, é difícil de entender. Mas o rapaz é surpreendentemente sensato e acredito que vá ganhar mais espaço nessa nova fase do programa.
É um cara sagaz, tem excelente compreensão do jogo e, ciente das próprias limitações no quesito carisma, passa o dia confabulando estratégias e conspirações. Pra quem gosta do jogo jogado e do lambari pescado, trata-se de um ótimo participante. Pelo teor monotemático e monocórdio de suas conversas, tem pouco espaço na edição dos episódios na Globo.
A bruta flor do querer continua perdidinha. Está tentando fazer alianças com as pessoas que colocaram um alvo em sua cabeça. Pelo menos não é chifre, diria algum comentarista mais retrógrado e careta do que eu.
O sírio cordial traiu suas fãs mais ardorosas duplamente. Primeiro por se envolver com outra mulher, com o agravante dela ser a soturna Patrícia. E também por se submeter a jogar como massa de manobra dos conspiradores. Sorte da Gleici...
Está jogando golfe no maior campo de distorção da realidade já visto. Por uma série de acasos, voltou do paredão na semana passada e logo depois conseguiu eliminar o principal desafeto. Mas nenhuma das ocorrências teve qualquer conexão com suas atitudes. E agora o budista da Mooca não tem a menor dúvida de que é uma das pessoas mais populares do Brasil. Os próximos capítulos dessa saga serão muito engraçados.
A eminência deitada do "BBB18" conseguiu se safar da berlinda e montar o paredão que queria. Mas seus planos serão sempre frustrados pelo público, que já não aguenta mais as maledicências que promove ao lado de sua parceira Patrícia.
É um cara inteligente, mas frio demais para o convívio em sociedade. Até para ser um cretino é preciso de mais calor do que Wagninho da Sequela consegue oferecer.
Finalmente temos a grande vilã da temporada! Patrícia distorce os fatos, manipula seus colegas e fala mal de todo mundo pelas costas. É um almoço de família ambulante. Entendo que seja uma figura fundamental para o programa atualmente, mas também será catártico vê-la eliminada por uma grande parcela da audiência. Será possível quebrar o recorde imposto por Nayara de Deus recentemente?
Expresse nos comentários suas impressões sobre a semana no "BBB18".
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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