O Brasil precisa salvar Patrícia no próximo paredão
“A grande arte exige amor e ódio”. A lição vem de Bertold Brecht, grande vulto da dramaturgia mundial.
Dentre todas as obras abertas que preenchem a grade de programação das emissoras de televisão, o “BBB” chega a ser escancarado. Com o poder de tirar personagens da trama semanalmente, o público é co-autor. Infelizmente os ímpetos catárticos da audiência costumam minar histórias que ainda poderiam render muito.
Patrícia fez um jogo interessante até aqui. Conquistou o carinho de todos dentro da casa, enquanto cometia suas maledicências em reuniões privadas com Diego Avó Jovem. Finalmente desmascarada por Gleici, foi elegantemente enviada ao paredão e dificilmente se livrará do apedrejamento popular.
Vilão de “BBB” não serve pra nada tomando café com a Ana Maria Braga. Depois que os lados ficam melhor delimitados, como é o caso do atual momento do jogo, as artimanhas e picuinhas tendem a se tornar muito mais interessantes.
A atual temporada estava cozinhando em fogo baixo, com histórias bem curtidas e saborosas. Finalmente o clima esquentou. O público não deveria votar pelo bem da harmonia da casa, mas justamente o inverso.
É ótimo que os favoritos já estejam delimitados. Mas quem se interessaria por assistir Gleici e família Lima comendo os doces de Paula enquanto conversam sobre a inevitabilidade da morte? Quando sobra só por quem a gente torce, quer dizer que a história acabou. Mas ainda demora até os créditos subirem.
A narrativa open source do “Big Brother Brasil” precisa que seus telespectadores co-autores consigam enxergar além dos crimes e castigos. Vamos nos divertir, pessoal.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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