Paula é a planta carnívora do "BBB18"
É fácil simpatizar com a Paula. O inegável carisma da mineira foi fundamental para que ela conquistasse uma das torcidas mais eloquentes desta temporada. Desde o princípio, ficou claro que existia ali potencial para chegar longe.
Eis que o tempo foi passando e ela promoveu pouca coisa relevante para o jogo. Mas sua participação não deixa de ser elemento importante para o recheio da narrativa.
No dia a dia, fez muito doce e preparou quilos e mais quilos de pipoca. Dançou até o sol raiar nas festas, garantindo muitas vezes um canal exclusivo para suas performances no pay-per-view.
Depois de muita paquera, montou o único casal funcional da edição, na terceira tentativa do Breno de emplacar romanticamente com alguém.
O grande empecilho para Paula sempre foi excesso de sensatez. Ela não só se esquivou de todo tipo de treta, como também liderou muitas vezes a turma do deixa disso. O "BBB" é um programa para quem é dado a destemperos. Essa é a expectativa do telespectador - e da produção do programa também, que parece ter se decepcionado um pouco com ela. Carregando o estigma de planta, chegou ao absurdo de sua presença mais recorrente nas edições da Globo acontecer apenas durante os merchans dos patrocinadores.
Nas provas que Paula mostrou seu maior potencial: foco para desempenhar competitividade em alto nível. E pudemos ver que essa nobre característica finalmente chegou ao centro do jogo. Quando justificou o voto na família Lima por motivos extremamente racionais e coerentes, colocando de lado qualquer tipo de amizade com Ana Clara, ficou claro que ela joga pra ganhar.
Infelizmente o público do "BBB" não é formado apenas por enxadristas, que provavelmente conseguiriam apreciar sua última jogada na plenitude. Para nós, demasiadamente de humanas, ficou parecendo que Paula é uma planta-carnívora adorável, mas um pouco traiçoeira.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.