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Professor Tiago dá a primeira bronca na turma do fundão da escolinha

Tiago Leifert conversa com o público do "BBB18" - Reprodução/TvGlobo
Tiago Leifert conversa com o público do "BBB18" Imagem: Reprodução/TvGlobo

Colunista do UOL

31/01/2018 05h01

Um conflito que se repete todo ano já deu as caras na primeira semana do “BBB18”. Enquanto a direção do programa quer ver os participantes se expondo ao máximo, a preocupação de muitos deles é, justamente, não se expor demais.

Na seleção para entrar no “BBB” todos mostram disposição para se aventurar no jogo e se submeter a situações difíceis e constrangedoras. Mas, já instalados na casa, muitos acionam, naturalmente, um mecanismo de defesa e fogem de algumas provocações. Alguns até adotam como estratégia a aversão a conflitos – são apelidados de “plantas” por isso. Cezar Lima venceu o “BBB15” assim, por exemplo.

O alarme soou cedo este ano no comando do “BBB”. Um joguinho destinado a provocar discórdia entre os participantes, promovido na segunda-feira (29), mostrou que a maioria não pretende morder qualquer isca lançada por Tiago Leifert.

Por essa razão, o apresentador vestiu o jaleco de professor e deu uma aula magna aos “brothers” nesta terça-feira (30). Para não assustar o público, nos avisou antes: “Vou dar uma leve chacoalhada no coqueiro. Eles são muito bem-humorados, muito legais, mas ainda falta às vezes um pouco de comprometimento com o jogo. A gente viu isso ontem. Não era nem jogo da discórdia, mas mesmo assim eles pipocaram para coisas fáceis.”

Traduzindo. Quando Leifert diz “comprometimento”, ele está querendo dizer “disposição para pagar micos e se expor”. Quando ele diz “pipocaram”, ele está querendo dizer “foram espertos e não caíram na nossa provocação”.

Aos alunos da escolinha, sobretudo à “turma do fundão”, o professor Leifert disse que tomou bronca do diretor do programa pela condução do episódio de segunda-feira, em especial por deixá-los mandar recados aos seus familiares. E explicou: “Na hora em que a gente estiver ao vivo, na verdade, não é intervalo, é o ápice do jogo. Quando a gente está aqui conversando entre nós, é aqui que o jogo tá pegando. Esse é o momento de você fazer alguma coisa, de aparecer, de você chamar a responsabilidade.”

E acrescentou, desenhando na lousa: “Não era nenhum jogo da discórdia ontem. Era uma moleza. Tinha umas quatro ou três perguntas mais difíceis, o resto era muito fácil. e mesmo assim, para perguntas fáceis, desafios fáceis, alguns de vocês pipocaram. Pode até ser que você não queira causar nada ai dentro, mas vocês lembram que a avaliação é externa, né? Vocês sabem que não estão enganando ninguém?”

Não é totalmente verdade o que o professor sugeriu. Quem assiste “BBB” sabe que, muitas vezes, o espectador aprecia participantes com perfil mais conciliador, que evita polêmicas e não posa de dono da verdade.

O diretor do programa está no direito dele de exigir “sangue” (comprometimento, nas palavras de Leifert) dos “brothers”, mas eles estão no direito deles de evitar se meter em trapalhadas.