Dilma e Serra insistem no "discurso do medo" em seus programas
Reproduzo no blog texto meu publicado na noite de quarta-feira no UOL Eleições sobre os programas eleitorais dos candidatos à Presidência.
Cada um do seu jeito, com as suas armas, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) voltaram a duelar na propaganda eleitoral gratuita em torno de valores e sugestões que seus adversários representam um perigo ao eleitor.
Falando de Serra, uma narradora de seu programa disse: "Quantas brasileiras ele já salvou com os mutirões da saúde". E completou, depois de enumerar outras iniciativas do candidato: "O presidente que a família brasileira precisa".
Com este apelo às mulheres, a ênfase em imagens de grávidas, sua presença em Aparecida e críticas a Dilma por mudar de opinião, Serra mais uma vez procurou fixar a ideia que é um candidato mais confiável que a rival.
No momento mais agressivo, no encerramento, o programa tucano apresentou uma música chamando a atenção de temas a respeito dos quais a petista teria mudado de posição. "A dona da Dilma, como é que é? Não dá confiar, não sei quem é. Já quis mexer na lei sobre o aborto, mas na propaganda já mudou, diz que não quer".
O programa de Dilma bateu na tecla da "continuidade com inovação". O presidente Lula apareceu apenas brevemente, numa imagem já exibida anteriormente, para dizer que "não tem ninguém mais preparado" que sua candidata.
Dilma prometeu "comparar sem ofensas pessoais" o governo Lula com o governo FHC. Como mostrou nos seus últimos dias, recorreu a ideia que o tucano pode colocar em risco os programas sociais do governo petista.
Referiu-se aos adversários como "a turma do contra" – contra o Prouni, PAC e Bolsa Família. Numa versão mais suave do "discurso do medo", Dilma assegurou que representa "o caminho seguro".
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