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Piada do “CQC” com Bilu agrada os “donos” do ET

Mauricio Stycer

09/11/2010 10h39

"Bilu arrasou no CQC". A avaliação é do site do Projeto Portal, a instituição baseada em Corguinho, no Mato Grosso do Sul, que abriu suas portas, nos últimos 40 dias, para três equipes de jornalismo conhecerem o famoso ET.

Na primeira visita, no início do outubro, uma equipe do "Conexão Repórter", do SBT, esteve no local, entrevistou o guru Urandir e mostrou imagens do ET captadas pela própria instituição. "Fraude ou experiência legítima?", perguntou o apresentador Roberto Cabrini, com gravidade.

Na segunda visita, que entrou para o anedotário da televisão brasileira, uma equipe do "Domingo Espetacular", da Record, teve a oportunidade de se aproximar de Bilu. O ET mandou uma mensagem para a humanidade ("Apenas que busquem conhecimento"), mas não conseguiu ver o repórter de perto. Em imagens não levadas ao ar, mas exibidas pelo Projeto Portal, Bilu pede para apertar a mão de uma pessoa identificada como Cristiano, produtor da emissora, mas ele se recusa.

Transformado em piada, mas capaz de rir do seu algoz, o ET Bilu se tornou uma celebridade. E foi nesta condição que recebeu a visita de uma equipe do "CQC", da Band. Entrevistado por Danilo Gentili, Urandir ri tanto das perguntas quanto das suas próprias respostas, deixando o espectador em dúvida sobre quem estava se divertindo mais.

Ainda que tenha tratado o tema com galhofa, o "CQC" explorou a popularidade de Bilu até o limite. A reportagem de Gentili foi exibida em duas partes. Na primeira, logo no início do programa, o espectador é apresentado a Urandir, mas não a Bilu. A segunda parte foi deixada para o final do programa, depois de vários anúncios dos apresentadores, feitos com a intenção de manter o público abduzido.

A equipe de Gentili filmou Bilu à distância e, na volta para o estúdio, ao vivo, Marcelo Tas, Rafinha Bastos e Marco Luque "entrevistaram" uma versão de Bilu no próprio palco da Band. Uma piada, como se viu, que agradou os donos do "verdadeiro" ET.

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.