Atitude da torcida do Palmeiras reforça lobby contra pontos corridos
O que leva uma pessoa a sair de casa num domingo de sol e se dirigir ao estádio para torcer contra o seu próprio time? Dos 11.291 pagantes na Arena Barueri, estima-se que 2 mil eram palmeirenses. Assisti a partida contra o Fluminense entre eles, na arquibancada atrás do gol. Incentivaram a equipe a perder, xingaram o goleiro Deola a cada defesa feita, pularam feito crianças quando os cariocas empataram a partida e só se acalmaram quando Tartá fez o gol que garantiu a derrota do Palmeiras.
Alguém dirá que as tristes cenas vistas neste domingo em Barueri só reforçam a tese de que o sistema de pontos corridos não serve para o Brasileiro. Discordo. O campeonato chega à última rodada com três equipes disputando o título, duas lutando por posições na Libertadores e duas se matando para escapar do rebaixamento, fora a briga ainda aberta pela Sul Americana (um bom resumo do que ainda está em jogo pode ser lido aqui) .
Sugestões no sentido de atenuar os problemas que ocorreram este ano foram feitas em 2009, mas ainda não adotadas, como a de prever clássicos estaduais nas últimas rodadas.
Foi, de fato, muito triste ouvir os palmeirenses, atrás do gol de Deola, gritando: "Olê, olé, olá, o pau vai quebrar se o Fluminense não ganhar". Mas, tentando ser otimista, que outro esporte provoca tantas paixões quanto o futebol?
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