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Você sabia... Curiosidades sobre crimes nas telenovelas

Mauricio Stycer

11/05/2011 11h52

As primeiras telenovelas, no Brasil, foram criadas em agências de propaganda.

"Véu de Noiva" (1969), de Janete Clair, foi a primeira telenovela a recorrer ao "quem matou?"

Lauro Cesar Muniz diz que existe uma "regrinha" entre autores: "Se uma telenovela vai mal, um assassinato ajuda a resolver".

Em "Meu Bem Querer" (1998), a morte da personagem Custódia não estava nos planos do autor, Ricardo Linhares. Foi um recurso para levantar a audiência da novela.

Muitos atores não gostam de ser escolhidos para o papel de assassino em novelas. "O problemas deles, na maioria das vezes, é perder comercial", diz Silvio de Abreu.

"Quem matou? Aliás, eu não pretendia usar este recurso, que reconheço ser banal, mas infalível", disse Janete Clair, sobre a morte de Salomão Hayala em "O Astro".

Negros não costumam ser assassinos em novelas, para evitar protestos.

"Decidimos que Cássia Kiss ia ser a assassina nos últimos capítulos. Precisávamos terminar a novela e Odete tinha que ser castigada", contou Leonor Bassères sobre o final de "Vale Tudo".

"Se eu não tiver a habilidade de enganar a imprensa ou de enganar o público e ficar muito óbvio que o assassino é aquele, evidentemente que eu mudo", diz Silvio de Abreu sobre como escolhe o "quem matou?" em suas novelas.

Informações recolhidas no livro "Quem Matou… O romance policial na telenovela", de Claudino Mayer. Uma entrevista com o autor foi publicada nesta quarta-feira, no UOL Televisão: Estudo mostra que crimes em telenovela obedecem à lógica da audiência

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.