Globo exagera em "cerimônia do adeus" a apresentadores de telejornais
Anunciada há três meses, a troca dos apresentadores dos telejornais "SPTV 1ª Edição" e "Bom Dia Brasil" consumou-se, finalmente, em clima de autocelebração. Na sexta-feira (23), por mais de 13 minutos (de um total de 44), Chico Pinheiro e Mariana Godoy se despediram dos espectadores e passaram o bastão ao novo âncora, César Tralli. Nesta segunda, o ritual se repetiu: ao longo de 11 minutos (de um total de 51), Renato Machado se despediu e deu boas-vindas a Pinheiro.
Nos dois casos, a emissora investiu em reportagens laudatórias sobre as carreiras dos jornalistas que saem e dos que entram, valorizando seus feitos profissionais. Por quê? Difícil entender o tempo gasto com isso.
É verdade que o "Bom Dia Brasil" é o noticiário nacional da Globo menos engessado, com espaço para análise das notícias por parte de comentaristas, e um certo bom humor de seus apresentadores.
Mas, dentro do modelo quase impessoal que impera na TV brasileira, Machado, Pinheiro ou qualquer outro estão longe se serem figuras indispensáveis, como fez crer a cerimônia de passagem do bastão exibida nesta segunda-feira. Duvido que alguém ligue a televisão de manhã por causa de algum apresentador de telejornal.
É possível que o espectador afeiçoado aos âncoras que estão deixando os seus postos tenham se emocionado com as despedidas. Mas, para a grande maioria do público, estas longas cerimônias não fizeram muito sentido, além de roubarem de 20% a 30% do tempo do noticiário.
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