“Rock in Rio é um e-ven-to”, diz William Bonner, em defesa do pop e do axé
Mauricio Stycer
02/10/2011 18h45
Sobre os shows que viu, Bonner fez as seguintes considerações: "Ivete brilha sempre. Ninguém disse que era rock. Ivete é Ivete." "O Frejat é genial. Está numa elegância incrível. Virou um lorde do rock brasileiro." "Skank, sem palavras. Qualquer show do Skank as pessoas escancaram, sem trocadilho." "Maná é muito bom. Conhecia muito mal. Achei muito legal." "Maaron 5 foi muito legal. Fiquei muito surpreso. Me lembrou um pouco Simply Red."
Mas a melhor parte da entrevista foi a sua defesa da programação eclética do Rock in Rio, que misturou rock, pop, axé e MPB, entre outros. Primeiro, ele disse: "O evento se chama Rock in Rio, mas é um evento. É um e-ven-to", repetiu, sublinhando as sílabas. "Ninguém é traído. As pessoas sabem quem vem, quem não vem, e escolhem os dias em que elas vão querer vir pra cá"
Em seguida, disse ver um "amadurecimento" do público e observou: "Nós vamos pra um evento de rock? Não. Nós vamos para um evento de música. O nome é Rock in Rio. E o que eu vou encontrar lá? Depende. Pega lá o cardápio e veja o que lhe apraz."
Por fim, fazendo caras e bocas, Bonner atendeu a um pedido da repórter e deu a "deixa" para a imagem da transmissão voltar ao estúdio ("Rock in Rio ao vivo, só no Multishow", disse, feliz). Antes, porém, observou que acompanha a emissora há muitos anos, o que não significa dizer que é velho. "Vocês sabem que eu sou uma criança!".
Veja abaixo a entrevista:
[uolmais type="video" ]http://mais.uol.com.br/view/12138501[/uolmais]
Em tempo: Uma entrevista que fiz com Bonner sobre a forma como ele utiliza o Twitter pode ser lida aqui. A cobertura do UOL Entretenimento sobre o Rock in Rio pode ser vista aqui.
Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
Contato: mauriciostycer@uol.com.br
Sobre o blog
Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.