Artistas impõem cada vez mais limites para falar com jornalistas
O colega e amigo Lucio Ribeiro publicou nesta segunda-feira, na "Folha" e em seu blog no UOL, entrevista com o cantor Morrissey. Transparente, o repórter revelou logo na introdução as três condições impostas pelo staff do músico para conversar: "Tem que ser por email, no máximo quatro perguntas e nada de falar sobre os Smiths".
"O Globo" e o "Estadão" desta segunda-feira também trazem entrevistas com Morrissey, igualmente feitas por e-mail e sem menções aos Smiths. O músico respondeu a sete perguntas do jornal carioca e a quatro do diário paulista.
Os limites impostos ao trabalho de jornalistas que cobrem a indústria do entretenimento são cada vez maiores. São conhecidos os casos de artistas que exigem que as suas fotos para a capa de algumas revistas sejam feitas por determinado fotógrafo. Ou que estabelecem, como fez Morrissey, os assuntos que podem e os que não podem ser abordados, bem como a duração dos encontros com os repórteres.
Limitações semelhantes afetam também, cada vez mais, o jornalismo esportivo. Repórteres enfrentam grandes dificuldades para abordar jogadores sem o filtro de assessores.
Acho louvável informar ao leitor sobre as condições e limites do trabalho, como fez Lucio. Mas lanço uma provocação. Numa situação como esta não seria ainda mais interessante recusar a entrevista e informar ao leitor das razões?
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