Topo

Tino Marcos: “Elias vem aí.” Galvão: “Fazer o quê?”

Mauricio Stycer

28/02/2012 17h51

Mais crítico do que de costume, Galvão Bueno foi novamente a estrela maior em um amistoso sem graça da seleção brasileira. No momento de maior irritação com o técnico Mano Menezes, o narrador lamentou o anúncio, feito pelo repórter Tino Marcos, de que o volante Elias iria entrar em campo: "Fazer o quê?", deixou escapar.

No meio do primeiro tempo, depois de promover, como sempre faz, a programação noturna da Globo, Galvão dialogou com Arnaldo Cezar Coelho, que estava no estúdio, no Rio, sobre o "BBB12".

Enquanto a bola rolava, o narrador apresentou o comentarista de arbitragem como um grande especialista no assunto e o questionou: "Quem vai ser eliminado esta noite, Yuri ou Rafa?" "Não sei quem, mas vai ser por goleada", respondeu Arnaldo.

No primeiro tempo, Galvão recorreu a Casagrande para criticar Mano pela ausência de Ganso entre os titulares. No segundo tempo, repetiu várias vezes: "Todo mundo esperando ansiosamente a entrada de Ganso em campo".

Depois que a substituição foi feita, aos 17 minutos, o narrador lembrou-se de pedir desculpas a Ronaldinho Gaúcho, que entrou como titular com a camisa 10: "É importante que a gente fale do imenso respeito pelo grande Ronaldinho Gaúcho".

No início da partida, Galvão deixou escapar outra crítica à seleção, desta vez direcionada à CBF (não citada) por conta do dia do amistoso. Se a partida fosse na quarta-feira, Mano Menezes teria 24 horas a mais de preparação. Mas a empresa contratada para vender os jogos do Brasil, observou, também promove os da Argentina. E como os rivais jogarão na quarta-feira, o jogo da seleção foi marcado para terça.

Brasil e Bósnia jogaram no pequeno estádio da cidade de St. Gallen, na Suíça. Sozinho, sem o habitual trio de comentaristas que o acompanha nos amistosos da seleção, o narrador estava sentado num lugar muito próximo do público. Simpático, não se opôs a que vários aparecessem como "papagaios de pirata" durante a transmissão.

Galvão cometeu dois erros curiosos durante a transmissão. Logo no início, confundiu o comentarista Junior com um ex-lateral do Palmeiras, também chamado Junior. No final, quando Neymar foi substituído, chamou o craque do Santos de Robinho. "Um ato falho", desculpou-se.

O Brasil venceu a partida por 2 a 1. O relato da partida pode ser lido aqui.

Foto do jogo: Mowa Press/Divulgação

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.