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“Comédia MTV” estreia ao vivo com “Mulheres Falidas” e piada com Rafinha Bastos

Mauricio Stycer

16/03/2012 02h17

Cinco humoristas e um músico. Se eu contei direito, resume-se a seis pessoas o elenco do "Comédia MTV Ao Vivo", novo programa da emissora, cuja estreia ocorreu nesta quinta-feira. Por 45 minutos, esse exército de Brancaleone riu da sua própria precariedade, mas também de idiotices variadas que ocupam a mídia.

"Quem sabe se ainda tem vaga na RedeTV!, Rafinha, no ´Sunday Night Live'?", começou Bento Ribeiro, rindo da MTV, esvaziada por demissões e pela saída de alguns de seus comediantes nos últimos meses, mas tripudiando também da ideia da concorrente de exibir o "Saturday Night Live" aos domingos.

O melhor veio na sequência. Os cinco humoristas viraram "Mulheres Falidas", uma versão trash, num barraco, do reality da Band, exibido nos primeiros meses do ano.

Marcelo Adnet dominou a cena com sua imitação de Val Marchiori (acima), mas teve ótima concorrência de Dani Calabresa como Narcisa, Tatá Werneck no papel de Lydia Sayeg, Paulinho Serra como Brunete Fraccaroli e Bento encarnando Debora Rodrigues.

Sinal de como as coisas estão apertadas na MTV, o maquiador Fagner Carreiro fez uma ponta, ótima, por sinal, como Dudinha, o porta-bolsa de Val. "Dudinha, vem me coçar que tô pinicando", pediu Adnet-Val.

Com alguns quadros gravados, como este "Mulheres Falidas", mas várias intervenções ao vivo, de fato, e uma plateia animada, o novo "Comédia" fingiu ser um "Saturday Night Live".

Bento simulou tocar saxofone e ser Kenny G "ao vivo", houve um "Jornal Tuital" (com "as notícias mais relevantes do dia, segundo o Twitter"), show do "Acústico Probidão" ("minha vó tá maluca") e dois esquetes totalmente nonsense, engraçados de tão toscos.

"Comédia MTV Ao Vivo", enfim, antecipou-se aos humorísticos que ainda não estrearam em 2012 e, mais uma vez, mostrou que fazer rir é, antes de tudo, uma questão de talento, não de recursos. Agora, ao vivo. Veja um trecho:

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.