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“The Ultimate Fighter” estreia na Globo com muita luta e pouco reality

Mauricio Stycer

26/03/2012 06h01


Realizado por uma produtora independente, por encomenda da empresa que é dona da marca UFC, o reality "The Ultimate Fighter Brasil" vai ocupar o final da noite de domingo da grade da Globo por 13 semanas. Com exceção do último, que será ao vivo, todos os programas já estão gravados.

O "TUF", como é chamado pelos fãs, estreou com cinco patrocinadores, todos de marcas multinacionais – um verdadeiro fenômeno, que dá uma ideia do interesse que este tipo de luta já desperta no Brasil.

A Globo teve direito a exibir um programa de 13 minutos, produzido pela emissora, a título de introdução do reality. Foi apresentado por Galvão Bueno e narrado, em algumas passagens, por Tiago Leifert, duas das principais estrelas do esporte da emissora.

Pouco à vontade no papel de apresentador e muito fora de forma para exibir o corpão na tela, Galvão parecia mais um garoto-propaganda da marca UFC. "Eles ficarão confinados numa casa. E que casa!!!", disse, empolgadão, ao lado do lutador Junior Cigano.

"O The Ultimate Fighter é muito parecido com o Big Brother, que você já está acostumado. Os barracos é que são diferentes", disse Leifert, enquanto o público via imagens do "BBB12".

O episódio de estreia, porém, teve muita luta e pouco reality, diferentemente do que prometeu o comandante do "Globo Esporte. Foram apresentados 32 lutadores, com o objetivo de selecionar os 16 que iriam entrar na casa, com direito a trechos editados das 16 lutas que definiram os vencedores.

Para quem gosta de porrada na TV, foi um programão, com direito a vários nocautes, sangue escorrendo, imobilizações e pancadaria variada.

Quem esperava se divertir com as histórias dos lutadores e os bastidores do seu cotidiano, terá que esperar o próximo episódio, quando, de fato, vai começar o reality.

Mas já deu para ver que pode ser bem divertido. Há grandes filósofos entre os participantes. "Não importa de onde você vem, mas o tamanho do seu sonho", ensinou Jason. "Não é a vida que é dura. Você que é mole", explicou outro antes de subir no octógono e ser nocauteado em 14 segundos.

Em tempo: Mais informações sobre a estreia do "TUF Brasil" podem ser lidas no UOL Esporteaqui e aqui. E sobre a reação da Record, que divulgou os nomes de supostos finalistas do reality, veja aqui.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

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Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.


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