Game show de Datena eleva a audiência do “CQC”
Mauricio Stycer
10/04/2012 16h47
Na semana anterior, o "CQC" teve média de 4,5 pontos. Nesta segunda-feira, ajudado pelo "Quem Fica em Pé?", ficou em 5,8. A audiência média do programa de Datena foi de 3 pontos – número festejado pelo diretor geral da Band, Diego Guebel. "O programa começou com 1 ponto e terminou com 5. É um ótimo patamar, mas acho que pode dar mais", disse ao blog.
A grade noturna da Band sofre há anos com o fato de seu horário nobre, das 20h30 às 21h20, ser vendido à igreja de R.R. Soares. "Quem Fica em Pé?" foi ao ar às 21h30 e terminou uma hora depois.
"É um programa com conteúdo bom, que não tínhamos na grade", diz Guebel, sobre o game show. "E não há muitos programas do gênero na TV brasileira".
O diretor riu das piadas feitas por Datena durante o programa sobre "a invasão argentina" na Band. "É ele mesmo em cena. É parte do atrativo", diz Guebel, que é argentino. "Esta é a marca do Datena como apresentador".
Na noite de segunda, publiquei no UOL Televisão o texto abaixo, sobre a estreia de Datena:
À frente do game show "Quem Fica em Pé?", Datena "só pensa naquilo"
"Moça bonita", suspirou pela primeira candidata da noite. "Se eu não fosse casado com dona Matilde…" Entrevistou a moça para descobrir a sua idade. "26 anos. Idade da minha filha. Então não posso passar uma cantada".
Veio outra candidata e Datena a descreveu: "Menina linda de olhos verdes". Mais uma participante e o apresentador pediu: "Ô baixinha bonita. Dá uma sambadinha pra gente ver". Ainda acrescentou: "Tenho uma queda por baixinhas".
"Quem Fica em Pé?" coloca um "líder" diante de dez competidores. Ele enfrenta cada um, individualmente, em disputas que valem de R$ 1 a R$ 6 mil. Se conseguir superar todos os candidatos, fica com R$ 100 mil. Cada participante derrotado cai num buraco.
A queda cinematográfica, um dos maiores atrativos do game show, lembra muito "Roleta Russa", um outro programa de perguntas e respostas, exibido pela Record em 2003.
O programa vai ao ar às segundas, terças e quintas com a missão de levantar o Ibope da Band no horário. Antes de "Quem Fica em Pé?", a emissora exibe programação religiosa, a cargo de uma igreja que compra o horário.
Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
Contato: mauriciostycer@uol.com.br
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