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“Pânico” é assunto proibido em entrevista de Jô com Eduardo Sterblitch

Mauricio Stycer

27/06/2012 12h48

Só hoje assisti à entrevista que Eduardo Sterblitch deu a Jô Soares, exibida na noite de sexta-feira (22/6). O tema principal da conversa foi o seu trabalho em "A Velha", peça que está apresentando em São Paulo. Também foi exibido o trailer de "Os Penetras", filme de Andrucha Waddington, no qual atua ao lado de Marcelo Adnet.

A entrevista foi muito boa, salvo por um detalhe: em 33 minutos de conversa, nem Jô nem Sterblitch fizeram qualquer referência à principal ocupação do ator, o programa "Pânico na Band".

Os otimistas e os fãs de Jô dirão que o simples fato de Sterblitch ter ido ao programa já é uma vitória. Teve a excelente oportunidade de promover sua peça e ainda falar de seu filme. Está bom demais, sabendo das restrições que as emissoras, de um modo geral, fazem a participações de artistas da concorrência em programas alheios.

Não compartilho desta visão. Acho muito estranho, em um programa de entrevistas, haver um "não-assunto", um tema proibido, sobre o qual não se pode conversar. Na verdade, isto é a própria negação da ideia de um talk show.

Neste caso específico, haveria muitas razões para falar do "Pânico". Além de Sterblitch ser uma das estrelas da companhia, participou ativamente da famosa sátira na qual Marvio Lucio, o Carioca, interpretava Jô Suado – quadro cancelado depois que Jô se recusou a dar uma entrevista para o seu imitador.

Esta é a segunda vez que Sterblitch vai ao "Programa do Jô". Na primeira, em 2010, durante a gravação chegou a ser exibido um trecho do "Pânico", que mostrava a sua imitação da menina Maisa, mas as imagens não foram ao ar.

A entrevista exibida na noite de segunda-feira pode ser vista aqui.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.


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