Boninho e Bial, um caso de amor
Mauricio Stycer
10/07/2012 11h19
Apesar disso (ou justamente por isso), o programa "Na Moral", que o apresentador estreou na última quinta-feira, não tem relação alguma com o núcleo comandado pelo diretor do reality show.
Ao escrever sobre "Na Moral", não fiz, por esta razão, qualquer menção a Boninho ou ao reality, diferentemente de vários outros críticos, que enxergaram no programa uma oportunidade para Pedro Bial mostrar que é mais do que o apresentador do "BBB". Será que o diretor sentiu falta de ser citado?
Na sexta-feira, 6, um dia depois que minha crítica foi publicada no UOL, Boninho foi ao Twitter, onde é seguido por 1,3 milhão de pessoas, para falar mal de mim e declarar seu
O argumento principal, o de que o crítico, na verdade, sonha em estar no lugar de quem critica, é primário demais. Nem dá para discutir.
Outro ponto que chama a atenção na mensagem é o meu nome. Sempre que se refere a mim com o objetivo de me ofender, já há três anos, o maduro diretor da Globo escreve o meu nome errado. É a velha tática de tentar desqualificar o crítico em vez de discutir o que ele escreve, muito usada por quem não tem argumento. Como o autor de novela que, irritado com um texto, ofende a aparência da crítica.
Para além de seu sentido mais direto, ligado ao universo dos atores, o termo pode ser usado como uma metáfora. Por exemplo: "Boninho não tem o physique du rôle para diplomata".
Como Boninho tem demonstrado um carinho todo especial por mim em suas mensagens, me permito uma observação de caráter pessoal sobre a última frase do seu comentário: "Sou @PBiaL sempre". É uma declaração de amor. Bonita, como toda declaração de afeto feita de forma pública, mas intrigante porque todo mundo sabe, há anos, que Boninho ama Pedro Bial e vice-versa.
Em tempo: O texto que chateou Boninho foi este aqui: Excesso de temas e curta duração não deixam "Na Moral" sair do raso.
Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
Contato: mauriciostycer@uol.com.br
Sobre o blog
Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.