Topo

A cena da semana: na reta final,movimento intenso de espíritos em “Amor Eterno Amor”

Mauricio Stycer

02/09/2012 06h01

Em sua penúltima semana, "Amor Eterno Amor", a novela das 18h da Globo, desenhou o cenário que culminará, nos próximos cinco capítulos, com a descoberta de todo ao mal que a vilã Melissa causou ao mocinho Rodrigo, promovendo seu sequestro, quando criança, para separá-lo da mãe.

Quase tão importante quanto a trama principal, a novela de Elizabeth Jihn deu incansáveis lições de espiritismo, aulas sobre regressão, descreveu a crença em almas gêmeas e mostrou fé no poder das crianças "índigo", entre outros ensinamentos de caráter religioso ou místico.

Na terça-feira (28/8), o movimento dos espíritos na novela foi acima do normal. Primeiro, a menina Clara, que tem o dom de ver e ouvi-los, recebeu a visita de Zenóbio (acima). "Eu não quero te assustar. Eu vim em paz", avisou o espírito do mal. "Eu falo com as pessoas, mas elas não escutam. É muito ruim, menina", lamentou.

Assustada, Clara rogou que Zenóbio desaparecesse, o que só ocorreu depois que um outro espírito chegasse e o convencesse a sair.

No mesmo capítulo, a mãe adotiva de Rodrigo, Angélica, internada numa UTI, recebeu a visita do espírito de Verbena, a mãe verdadeira do mocinho (acima). A cena serviu para o espírito perdoar a mulher por ter, de alguma forma, sido cúmplice do seqüestro de seu filho.

Entubada, recuperando-se de uma tentativa de assassinato que sofreu, Angélica deixou a cama e caminhou pelo hospital com Verbena, até encontrar e beijar o filho.

Por fim, em outra cena, Rodrigo e Miriam, sua namorada, conversavam junto à cama onde Angélica convalesce. O herói fala que, apesar de todo o amor que tem pela mãe adotiva, sente mágoa por ela ter sido cúmplice do sequestro.

É a deixa para Verbena e outro espírito, Lexor (à dir.), que estão assistindo a tudo, conversarem sobre o assunto. "É tão lindo o amor do Rodrigo pela Angélica", diz Verbena. "Não sinto mágoa ou ciúme, só gratidão." Ao que o mestre diz: "Ela pegou uma afeição maternal por ele. Um amor eterno".

A novela termina próxima sexta-feira, 7 de setembro.

 

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.