Topo

Elétrico e desbocado, Sergio Mallandro transforma entrevista no Jô em "stand up"

Mauricio Stycer

06/09/2012 12h10

O jeitão e o tipo de humor não são novos, mas o cenário escolhido por Sergio Mallandro para o seu mais recente número de stand up comedy surpreendeu. Durante 20 minutos, ele transformou o que seria uma entrevista ao "Programa do Jô" num espetáculo de humor.

Sem deixar o apresentador falar, dominou a situação. Contou velhas piadas, inventou histórias, ridicularizou a ex-mulher Mary e o filho Serginho, sentados na platéia, brincou com os músicos, andou pelo palco e, sem controle, falou as maiores baixarias. A conversa foi ao ar na Globo na madrugada desta quinta-feira.

A entrevista tinha como pretexto o reality show "Vida de Mallandro", atualmente sendo reexibido no canal Multishow. Ele explicou, como faz no programa, a "filosofia do ié-ié"  e conseguiu que Jô Soares gritasse o seu bordão. Também ensinou: "O homem quando ama não trai. Quando só gosta, ele trai. Por isso é tão difícil amar".

A entrevista entusiasmou outros humoristas. "Sergio Mallandro GE-NI-AL!!!! Esse cara é foda!!!!!", escreveu no Twitter Marvio Lucio, o Carioca do "Pânico". "Genial a entrevista do Sérgio Mallandro no Jô. Sempre rende", disse Mauricio Meirelles, do "CQC".

Jô encerrou a entrevista depois que Mallandro contou ter descoberto que o filho se depila. "Depilar está na moda", teria explicado Serginho ao pai. "Tá na moda é dar o c…, meu irmão", respondeu o humorista.

Antes de contar a história, Mallandro avisou: "Jô, tu pode nem botar no ar, mas vou contar". O apresentador, pelo visto, gostou e deixou a baixaria ir ao ar.

A entrevista pode ser vista aqui.

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.