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Detetive Vê TV: Morena e Mustafá esqueceram que já se conheciam

Mauricio Stycer

22/02/2013 11h20

Mais uma para a lista das  "liberdades" de Gloria Perez na construção da trama de "Salve Jorge". O milionário turco Mustafá (Antonio Calloni), que esta semana conheceu, se encantou e salvou Morena (Nanda Costa) das garras da máfia do tráfico de mulheres, já havia estado com a jovem, mas nenhum dos dois se lembrou do episódio.

Deu-se há menos de um mês, no capítulo de 22 de janeiro, quando o corpo de Jéssica (Carolina Dieckmann) é descoberto no banheiro, em um hotel no Rio. Um dos primeiros a chegar para ver a cena é justamente Mustafá. Em seguida, aparece Morena. Os dois se debruçam sobre o corpo e o milionário turco tenta acalmar a garota brasileira, que fica desesperada (imagem acima).

No capítulo de 16 de fevereiro, com o casamento em crise, Mustafá vai à boate onde Morena trabalha, em Istambul. Wanda (Totia Meirelles) o reconhece e se esconde. A cena prossegue no capítulo de segunda-feira, 18. O comerciante se encanta por Morena e a chama. Conversam como se nunca tivessem se visto antes. Saem da boate, ela conta sua história para ele, pede ajuda, mas Mustafá acha que a jovem está tentando enganá-lo.

A trama prosseguiu ao longo da semana. Mustafá, depois de um tempo, entende que Morena estava falando a verdade e decide ajudá-la, comprando a sua dívida com os vilões. No capítulo de quinta-feira (21), finalmente, Morena é encontrada por Zyah (Domingos Montaigner) e levada à presença de Mustafá, que a envia com o guia de turismo para a Capadócia.

O leitor Luciano Guimarães notou o "acidente" e me enviou a imagem que rememora o primeiro encontro de Mustafá e Morena. Sobre as "liberdades" de "Salve Jorge", escrevi aqui e aqui. E um comentário da autora sobre o assunto foi registrado aqui.

Atualizado às 16h45: Gloria Perez comentou o texto esta tarde no Twitter:
"Curiosos: Mustafá NÃO conhecia Morena, ele viu Morena no banheiro quando estava atento à menina que morreu. Ninguém lembra da pessoa que estava do seu lado no meio de um tumulto: aliás é comum a gente nāo lembrar nem de pessoas que conviveram com a gente em alguma época. Quem é que não ouviu a pergunta saia justa: tá lembrando de mim? Afff"

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.