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Vera Fischer está chateada e não é porque o penteado de Irina muda em uma mesma sequência de “Salve Jorge”

Mauricio Stycer

26/03/2013 17h09

 

 

 

 

 

Além dos muitos furos no enredo, "Salve Jorge" também provoca risos por conta de erros de continuidade básicos. Alguns chegam a parecer propositais, como o que ocorreu no capítulo de sábado (23). Em uma mesma sequência, a personagem de Vera Fischer, a vilã Irina, apareceu com dois penteados diferentes.

Na primeira cena, Rosangela (Paloma Bernardi) é confrontada por Russo (Adriano Garib) e Irina sobre a suposta morte de Morena (Nanda Costa). Punida por ter mentido, a jovem vai para o seu quarto. Quarenta segundos depois de sua primeira aparição, Irina entra no quarto de Rosangela e o seu cabelo agora está liso. Veja aqui. No final do capítulo, a vilã volta a aparecer com o primeiro penteado – sempre com o mesmo figurino.

Mas não é por isso que Vera Fischer está chateada com Gloria Perez. A atriz lamentou, em entrevista ao jornal "O Globo", o papel que ganhou e disse que espera ser chamada para fazer um personagem "com alguma dignidade". E mais: "Estou cansada de fazer papelzinho que não é para mim e sim para uma pessoa que está começando na carreira". Veja o divertido comentário da atriz:

Ele (o personagem) não tem cenas fortes, não dá para decolar. Quando vi o caminho em que as coisas estavam indo, pensei: "Bom, deixa, é mais uma novela, acaba, o público esquece, e tal." Se fosse em outra época, eu daria um chilique. Só espero que o próximo personagem que me apresentem seja um com alguma dignidade, porque estou cansada de fazer papelzinho que não é para mim e sim para uma pessoa que está começando na carreira.

No lançamento de seu romance "Luciola", nesta terça-feira (26), no Rio, a atriz voltou a reclamar do papel de Irina, como registrou a reportagem do UOL:

"O papel de Irina é humilhante. Os papeis de Totia Meireles e Claudia Raia (Wanda e Lívia) já se bastavam. Não precisava estar ali. Quero um papel à minha altura. Não precisa ser protagonista da trama, mas que tenha uma importância."

Leia mais: Nilson Xavier escreve sobre a novela, cuja audiência está subindo, e sugere que Gloria Perez "mirou no drama e acertou na comédia".

Atualizado às 22h

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.