Duas lições de “Friends”
Esta semana circularam boatos sobre uma eventual volta do seriado "Friends". A história, porém, morreu logo. Uma das autoras, Marta Kauffman, foi enfática no desmentido: "Vou ser clara. Não, isso não vai acontecer". A NBC, responsável pela série, também negou.
Eis a primeira lição: o tempo passa. Ainda bem que a série não vai voltar. Rever velhos episódios de "Friends" pode até ser divertido, mas não faz sentido nenhum, em 2013, recolocar em cena uma turma que fez enorme sucesso na televisão por mais de dez anos, entre 1994 e 2004, falando da amizade no início da vida adulta. Tinha tudo para dar errado.
Por coincidência, eu tinha acabado de ler um livro que conta a história do nascimento de "Friends", em 1994. Chama-se "Top of the Rock" (não foi traduzido para o português) e é de autoria de Warren Littlefield, que presidiu a área de entretenimento da rede NBC entre 1991 e 1998. Neste período, foram produzidas, além de "Friends", as séries "Frasier", "Seinfeld", "ER", "Mad About You" e "Will & Grace", entre outras.
David Schwimmer (que fez o personagem Ross) era um dos mais experientes entre os seis atores selecionados para o elenco. Quando "Friends" se tornou um sucesso, já na segunda temporada, todos esperavam que ele pedisse um aumento no valor que recebia por episódio para a temporada seguinte.
Schwimmer conta no livro que teve uma ideia. Em vez de seguir o conselho do seu empresário e reivindicar um aumento, ele sugeriu que os seis integrantes fizessem o pedido em conjunto. "Vamos pedir para ganhar a mesma coisa", propôs. "Viramos um mini-sindicato", conta o ator.
A proposta foi aprovada. E deu certo. Reza a lenda que, na época, eles passaram a ganhar US$ 100 mil por episódio, mais participação nas vendas da série. Na última temporada, em 2004, eles ganharam US$ 1 milhão por episódio.
Leia também: "Televisão não é ciência", no qual conto outras histórias deste período de ouro da NBC.
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