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"Economist" critica a Globo pela transmissão de Brasil e Inglaterra

Mauricio Stycer

07/06/2013 22h21

A transmissão do amistoso entre Brasil e Inglaterra no último domingo (02) foi objeto de duras críticas da revista "The Economist", uma das mais respeitadas do mundo. "Infelizmente, a Globo foi incapaz de atender aos padrões esperados", diz o texto, lamentando a qualidade das imagens, do som e, em especial, do efeito provocado pela publicidade móvel exibida no primeiro tempo.

Irônico, o texto publicado no blog de esportes da revista começa com a seguinte observação. "O Maracanã reconstruído, apesar dos temores, não desabou. Ainda assim, a partida entre Brasil e Inglaterra no último dia 2, um ensaio para a Copa do Mundo no ano que vem, não ocorreu sem alguns problemas".

O texto observa que espectadores britânicos, vendo o jogo pela ITV, inundaram o Twitter de reclamações, mas a emissora alegou que não tinha culpa. O perfil oficial da ITV disse que a responsabilidade era da Globo.

Assim como muitos espectadores brasileiros também notaram, a transmissão da Globo no primeiro tempo estava com "delay", fazendo com que o som da narração chegasse segundos depois da imagem. Também houve protestos quanto à qualidade da imagem. E, especialmente, sobre a publicidade móvel.

Graças a uma nova tecnologia, esse sistema permite que anúncios virtuais se sobreponham às placas nas laterais do campo, o que oferece a oportunidade de exibição de publicidade diferente para cada mercado. O blog da "Economist" relata que este tipo de publicidade foi usada pela primeira vez no Brasil durante a partida e, "tal como um atacante fora de forma, foi substituída no segundo tempo".

Este texto foi publicado originalmente aqui, no UOL Copa. O texto da "Economist" pode ser lido aqui.

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.