Desistimos de atores da Record, diz diretor da Fazenda
Mauricio Stycer
21/06/2013 22h19
Segundo Carelli, a seleção começou com um "listão" de 150 nomes. Todos foram contactados por telefone. Dessa primeira sondagem, a lista foi reduzida para 60 nomes. Desta vez, todos foram entrevistados pessoalmente. "Conversamos no ambiente da pessoa, para a gente entender como ela é e pra ela entender como é o programa", conta. Muitos desistem ao entenderem como é a dinâmica do confinamento. "E nós também desistimos de alguns, ao vermos que não estão com um interesse legítimo em participar", diz. "Daí diminui bem a lista."
Por "interesse legítimo", Carelli entende a vontade de querer ganhar o prêmio de R$ 2 milhões. "Se a gente percebe que a pessoa tem outros projetos, e não considera o prêmio o mais importante, a gente descarta".
Por este motivo, conta o diretor: "Desistimos de atores da Record. E de gente com outro objetivo, de carreira e fama. Se ela souber que depois vai ter uma carreira, isso muda o comportamento". Carelli garante que o convite para "A Fazenda" não inclui qualquer promessa de contratação posterior. "A gente é muito claro que não existe nenhuma garantia disso. "
Sobre os 16 selecionados, o diretor despista: "Não confirmo nem desminto nenhum nome. O grande trunfo do programa é essa expectativa". Carelli entende que encontrou, nas últimas três edições, uma linha, um critério de seleção de tipos. "A variedade de tipos vai ser mantida. Gente com diferentes níveis de fama e histórias de vida".
O diretor adianta ao UOL uma novidade da mecânica do programa. "Vamos voltar a ter a divisão em equipes, mas a divisão vai ser feita já na estreia." Serão três equipes (avestruz, coelho e ovelha). Uma prova no domingo, de dia, antes de o programar ir ao ar, vai definir três vencedores.
No ar, ao vivo, o apresentador Britto Jr. vai anunciar o nomes dos três que ganharam a prova. Cada um, então, escolherá uma pessoa para fazer parte da sua equipe. O escolhido selecionará outra pessoa e assim por diante, até formar três grupos com cinco participantes. Carelli não revela o que vai acontecer com o 16º participante.
Os grupos serão informados que deverão atuar de forma coesa, mas não terão informações sobre as vantagens que ganharão com isso. Carelli diz que não será um prêmio adicional em dinheiro.
Publiquei este texto originalmente na página do UOL Televisão dedicada à "Fazenda 6".
Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
Contato: mauriciostycer@uol.com.br
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