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Mesmo ator vive a mesma trama da “vida dupla” em duas novelas de Walcyr Carrasco

Mauricio Stycer

24/07/2013 11h35

Exibida originalmente em 2000, depois reprisada em 2003, "O Cravo e a Rosa" chega às telas pela terceira vez na segunda-feira, 5 de agosto, no Vale a Pena Ver de Novo. Assim como em "Amor à Vida", onde interpreta Atílio e Gentil, Luis Melo interpreta dois personagens diferentes na novela, por coincidência, também escrita por Walcyr Carrasco.

Versão adocicada de "A Megera Domada", de Shakespeare, "O Cravo e a Rosa" se passa em 1920 e tem entre os seus personagens principais o poderoso Nicanor Batista. Pai de Catarina (Adriana Esteves) e Bianca (Leandra Leal), homem sério e muito rico, ele deseja ser prefeito de São Paulo. Mas tem vida dupla. Mantém, há dez anos, outra família sem que uma saiba da outra. Escondido, visita Joana (Tássia Camargo) e os filhos, fingindo-se de caixeiro-viajante. E está prestes a começar uma terceira família, com Kiki (Rejane Arruda).

Dois dias depois da volta de "O Cravo e a Rosa", na quarta-feira, dia 7, em "Amor à Vida", o personagem vivido por Luis Melo vai recuperar a memória, definitivamente, e contará ao terapeuta que pretende assumir uma vida dupla. Na pele de Gentil, quer continuar com Márcia (Elizabeth Savalla) e, como Atílio, ficar com Vega (Christiane Tricerri).

"Eu quero ser o Atílio, bem casado… e o Gentil. Eu não posso desistir da Márcia. Mas se contar a verdade, eu vou ter que me separar da Vega. Eu quero ficar com as duas, doutor. A Vega e a Márcia!", dirá o personagem.

Numa novela com tantas referências a séries de TV e outras novelas, não surpreende que Walcyr Carrasco tenha se inspirado em um outro trabalho seu. "Mesmo ator, mesmo autor, mesmo destino", observa o leitor Pablo Júnior, que notou a coincidência.

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.