"Sangue Bom" diverte com citação esperta a "Avenida Brasil"
O melhor de "Sangue Bom" nesta quinta-feira (01) foi uma cena rápida, sem importância alguma para o desenrolar da trama. Deitada na cama de Barbara Ellen (Giulia Gam), sua empregada, Tina (Ingrid Guimarães), cochila e sonha que está protagonizando uma cena de "Avenida Brasil". Não uma cena qualquer, mas uma das mais marcantes, aquela em que Nina (Debora Falabella) começa a viver a sua vingança e obriga Carminha (Adriana Esteves) a servi-la à mesa.
Esta não foi a primeira referência a "Avenida Brasil" por conta desta trama. Tina quer se vingar de Barbara porque Vitinho (Rodrigo Lopez) a abandonou no altar duas vezes depois ter ficado traumatizado ao ser também abandonado no altar pela atriz, no passado. Em seu desejo de vingança, Tina infiltrou-se como empregada na casa.
Num capítulo, Bárbara até se deu conta da semelhança da situação que está vivendo com a novela João Emanuel Carneiro. Ao ameçar demitir a empregada, disse: "Até o nome Tina parece com o da outra, a Nina! Que entrou na casa do Tufão e conquistou a família pelo estômago, só pra se vingar depois!". Seu filho Kevin (Marcus Rigonatti) respondeu: "Deixa a Tina ficar! Em 'Avenida Brasil', a Nina só começou a vingança depois do capítulo cem!", pede.
No sonho exibido nesta quinta-feira, Tina repete uma das frases que fizeram a fama de "Avenida Brasil": "Me serve, vadia!", ela diz a Barbara Ellen. Depois joga terra no chão e manda: "Vai, quero ver tudo brilhando! Limpa com a língua!". E por fim, antes de acordar gargalhando, obriga a patroa a comer um prato de macarrão com salsichas e joga a comida na cara da diva.
Uma novela falar de outra novela não constitui novidade. Silvio de Abreu é lembrado por sempre fazer homenagens a outros colegas em suas tramas. Em "Sangue Bom", Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari já fizeram citações também, uma delas a "Cheias de Charme", como escrevi na ocasião. Bem-humorada, inteligente e crítica, a novela da dupla lembra que é possivel fazer entretenimento de qualidade sem subestimar a inteligência do público.
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