Autor de "Amor à Vida" explica por que espíritos reencarnam em suas novelas
Mauricio Stycer
04/09/2013 05h01
"O Vídeo Show" ofereceu o microfone a Walcyr Carrasco para que ele explicasse uma das tramas mais estranhas de "Amor à Vida" – a da relação dos personagens Thales (Ricardo Tozzi) e Leila (Fernanda Machado) com o espírito de Nicole (Marina Ruy Barbosa).
Em entrevista ao repórter Vinicius Valverde, o autor da novela primeiro esclareceu que não é espírita, mas membro de uma ordem mística, a Rosacruz. Contou que acredita em reencarnação e ensinou o que fazer para que um espírito não volte. "Às vezes, a própria dor da pessoa que fica, o choro, a lamentação, faz com que esse espírito não vá. Por isso, em geral, a gente aconselha: quando perder alguém, deixa essa pessoa ir."
Com a ajuda de Valverde, Carrasco recordou duas outras novelas suas em que espíritos tiveram papel fundamental na trama. Em "Chocolate com Pimenta" (2003), contou, "o Ludovico (Ary Fontoura) morria e voltava para aconselhar a menina (Mariana Ximenes) que ele amava como pai". Já em "Alma Gêmea" (2005), o tema central é a volta de um espírito, Serena, reencarnação de Luna (personagens vividas por Liliana Castro e Priscila Fantin).
Carrasco teve, ainda, a oportunidade de promover seu mais recente livro, "Juntos para Sempre", também de temática espírita, lançado este ano. "Eu peguei um avião pra ir para a África, dormi e sonhei a história inteira do livro. Inteira, inteira, inteira. E aí eu senti a obrigação de contar essa história e passar pra frente, porque ela me foi soprada."
A entrevista se encerrou com um convite todo especial de Carrasco ao público: "Estou esperando todo mundo, às 21h, para assistir comigo 'Amor à Vida'. Lá, vocês tão ter um contato com a minha alma. O que é o escritor? É um cara que se desnuda em público para expor a própria alma e falar com a alma de vocês".
"Que lindo", concluiu Valverde.
Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.