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"A Fazenda 6": um bom resumo em frases

Mauricio Stycer

28/09/2013 18h29

Sobre a final do programa, neste domingo, escrevi esta semana o texto abaixo:

Final dos sonhos seria feminina, com Andressa, Denise, Bárbara e Lu

A sexta edição da "Fazenda" está chegando ao fim e já sabemos, desde os primeiros dias, que Marcos Oliver vai disputar o prêmio de R$ 2 milhões. Além de ter sido um erro definir tão cedo um finalista, essa opção acabou deixando de fora candidatos que mereciam muito mais estar na final.

Candidatos, não. Candidatas. Esta foi uma "Fazenda" dominada, do início ao fim, pelas mulheres. Uma final dos sonhos seria integralmente feminina. Pelas confusões que causaram, pelos escândalos que protagonizaram, pelas brigas e cusparadas que dispararam, pela alegria que proporcionaram ao público, a final mais justa teria quatro candidatas.

Lu Schievano ficou apenas duas semanas, mas o suficiente para marcar o programa. Brigou com praticamente todos os participantes. Diante de Rita Cadilac, disse que ela não sabia "o que é bom para o moral". Discutiu com Ivo Meirelles, se irritou com Bárbara Evans. "Bom dia por quê?", perguntou a Mateus Verdelho, que quis ser educado. "É uma honra ser diferente de todos esses idiotas", resumiu.

Andressa Urach, vice-campeã no Miss Bumbum 2012, mostrou vários talentos no programa. Ninguém falou mais palavrões do que ela. Também mostrou categoria em matéria de cuspe num duelo com Verdelho. Quase saiu no tapa com Denise Rocha e ainda atrapalhou uma noite de sexo de Bárbara. "Sou periguete assumida", disse na estreia. "Acho que sai na hora certa", afirmou ao ser eliminada. Discordo.

Bárbara Evans entrou no programa com a missão de ganhar o prêmio para sua mãe, Monique, que participou duas vezes do reality, sem sucesso. Acusada de "patricinha" e "porca" por suas inimigas, namorou Verdelho durante quase todo o reality. Não bastasse as cenas tórridas, ainda contou com a torcida materna para que engravidasse. "Dou a maior força", disse Monique. É uma das favoritas do público.

Denise Rocha chegou com a alcunha de "Furacão da CPI", por conta de um vídeo íntimo que se tornou público à época em que trabalhava no Congresso. Revelou-se uma das guerreiras da "Fazenda". Brigou com quase todo mundo, tentou acertar Ivo Meirelles com um cuspe, levou cusparada de Andressa e ouviu desaforos de Oliver. Também chorou muito, o que pode ter elevado a sua popularidade.

Enfim, essas quatro mulheres garantiram a diversão do público por três meses. Mereciam, as quatro, se enfrentar na final.

Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.