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Na reta final, “Amores Roubados” ignora o público e muda de horário

Mauricio Stycer

14/01/2014 05h01

amoresroubadosperseguicaoDepois de seis episódios, começando às 22h30, sempre depois de "Amor à Vida", "Amores Roubados" muda de horário nesta terça-feira (14) e, até o episódio final, na sexta (17), passa a ser exibido somente após o "BBB 14″. Pela grade da emissora, já divulgada, a série agora só irá ar às 23h10.

É uma mudança que desrespeita os espectadores conquistados nos primeiros seis episódios, responsáveis por garantir ótimos índices de audiência ao programa. "Amores Roubados" registrou em torno de 30 pontos no Ibope na primeira semana – a segunda melhor audiência média de um programa da Globo em 2014, atrás apenas da novela das 21h30. Nesta segunda (13), a série bateu o seu recorde, marcando 32 pontos.

Já defendi em outros textos maior flexibilidade das emissoras, incluindo a Globo, em relação a padrões estabelecidos no passado e considerados imutáveis. Esta alteração, no entanto, é uma situação bem diferente – sinaliza, claramente, pouco caso com o espectador da série.

amoresroubadosperseguicao2O episódio desta segunda-feira voltou a surpreender. Na abertura de "Amores Roubados", há uma semana, o público viu o início de uma cena de perseguição a Leandro (Cauã Reymond), com a sugestão que se tratava de uma situação que seria vista no episódio final. Na verdade, o desdobramento da perseguição, uma cena tecnicamente impressionante, foi visto neste sexto capítulo.

Jaime (Murilo Benício) e dois capangas perseguem o galã por uma estrada de terra. Leandro está ferido e dirige atordoado. Ao final, ele perde os sentidos e despenca com o carro em um cânion, enquanto seus perseguidores olham a cena do alto do morro.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.