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Personagem de Irandhir Santos rouba a cena em “Meu Pedacinho de Chão”

Mauricio Stycer

30/04/2014 10h53


Ao escrever sobre "Meu Pedacinho de Chão", há duas semanas, citei Zelão (Irandhir Santos) como um dos "ótimos personagens secundários" da novela. Muitos leitores discordaram – não do "ótimo", mas do "secundário". Na visão destes espectadores, o capataz do coronel Epa (Osmar Prado) é um dos protagonistas da história.

Na abertura, Irandhir Santos é o quinto a aparecer nos créditos, no canto inferior da tela, depois dos nomes de Juliana Paes, Osmar Prado, Rodrigo Lombardi e Bruna Linsmeyer, que surgem no alto. O nome de Antonio Fagundes entra depois, mas com um destaque especial, mencionando o nome de seu personagem.

Pensando bem, a esta altura esta questão importa pouco. Zelão é, de fato, um dos personagens mais fascinantes da novela. Com obrigação de executar as ordens do patrão durão, ele faz cara de mau, mas exibe um coração enorme. E a paixão que desenvolveu pela professora Juliana se tornou um dos temas mais bacanas de "Meu Pedacinho de Chão".

Analfabeto, ele foi ingênuo o suficiente para acreditar que Rodapé (Flavio Bauraqui), empregado da fazenda, fosse capaz de escrever uma carta de amor em seu nome para a professora. Comprou o melhor papel de carta que existia na cidade e encarregou o amigo de registrar os seus sentimentos.

Ansioso diante da falta de resposta, ele ditou uma segunda e, depois, uma terceira carta à amada. Estas três cenas, em que Zelão imagina Juliana e descreve o que sente por ela, enquanto Rodapé faz rabiscos numa folha de papel, foram momentos de raríssima beleza em uma novela já muito especial.

Nesta quarta-feira (30), finalmente, Zelão vai descobrir que Juliana não respondeu suas cartas simplesmente porque não foi capaz de ler nada nos rabiscos feitos por Rodapé. Vai chorar (imagem no alto do texto) e manifestar vergonha diante da professora (acima). É uma cena aguardada com ansiedade pelos fãs da novela e do personagem.

Em tempo: um relato da cena que vai ao ar hoje pode ser lido aqui.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

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Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.


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