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Grazi não “calou a boca” de ninguém; ela melhorou como atriz

Mauricio Stycer

28/08/2015 05h01


Vejo muita gente dizendo que Grazi Massaferra "calou a boca" de quem tinha preconceito de ver uma ex-BBB virar atriz. Vamos com calma. Grazi não era uma boa atriz quando começou.

Sem nenhum conhecimento sobre esse ofício ao deixar o reality show, em 2005, Grazi conquistou um lugar na Globo devido ao carisma que esbanjava e à enorme simpatia exibida durante o confinamento.

Nas suas primeiras participações em programas de humor na TV se mostrou insegura e fraca. Ao dar os primeiros passos em novelas, igualmente, não demonstrou maior talento. "Páginas da Vida", "Desejo Proibido", "Negócio da China", "Tempos Modernos"… Você lembra da Grazi?

Mas a atriz perseverou. Acreditou que poderia melhorar. Estudou, se preparou, cresceu. Em "Flor do Caribe" (2013) foi possível ver o resultado do seu esforço — ela se saiu muito bem como uma das protagonistas.

Em 2014, como outros atores brasileiros já fizeram, Grazi passou 20 dias na Espanha, tendo aulas com o argentino Juan Carlos Corazza, um famoso treinador de elenco.

Fui um dos primeiros a elogiá-la no papel de Larissa, em "Verdades Secretas". Está ótima na novela e merece todos os aplausos que está recebendo. Mas sem essa de "calou a boca" dos críticos ou de quem quer que seja – Grazi melhorou como atriz.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.


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