Com gestão familiar e grade estruturada, SBT depende menos de Silvio Santos
Nunca se viu, como em 2015, tamanha exposição da família Abravanel nas telas do SBT. Além de Patrícia, que já aparecia bastante, outras duas filhas, Silvia e Rebeca, e a mulher de Silvio, Iris, foram protagonistas de diferentes situações exibidas pela emissora.
Não acredito em acaso. Empresa tipicamente familiar, como outras no mundo da mídia, o Grupo Silvio Santos quis mostrar que não pretende mudar este tipo de gestão depois que o patrão se afastar do comando.
Uma reportagem publicada na "Folha" em julho revelou que o empresário contratou a consultoria americana McKinsey com a intenção de preparar suas seis filhas para continuarem tocando o negócio.
Chegando aos 85 anos neste sábado (12), é natural que Silvio tenha esta preocupação e encaminhe as coisas de forma profissional. Uma outra questão, tão importante quanto, é saber se o SBT está preparado para rumar sem o seu idealizador, comandante e maior dínamo.
Silvio Santos ocupa hoje quatro horas semanais, aos domingos, com seu tradicional programa, mais algumas com as atrações institucionais, para promoção dos produtos do grupo. Não é muito para quem, nos áureos tempos, passava doze horas no ar.
Ainda que mereça muitas críticas, o SBT mantém hoje uma grade de programação estruturada, com uma lógica interna muito clara, e cujos resultados parecem ser satisfatórios. Depois de perder a vice-liderança para Record em 2007, a emissora recuperou a posição em meados de 2014 e a manteve ao longo de todo este ano, apesar do sucesso da novela bíblica da rival.
Em outras palavras, o SBT hoje não depende tanto quanto no passado de Silvio Santos para ser uma emissora competitiva no mercado. Creio que esta é uma boa notícia para quem, com um certo alarme, teme que o canal da Anhanguera possa sucumbir sem o seu fundador.
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