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Depois do fiasco no Superstar, Ivete Sangalo se redime no The Voice Kids

Mauricio Stycer

10/01/2016 17h00

Como já havia ocorrido na estreia, Ivete Sangalo foi novamente um dos principais destaques no "The Voice Kids", versão infantil do concurso musical exibido pela Globo no início das tardes de domingo.

Tanto nas conversas com as crianças quanto na interação com os outros jurados, a cantora baiana voltou a mostrar porque é uma das artistas brasileiras que têm maior intimidade com a câmera da televisão.

Espontânea, inteligente e engraçada, Ivete foi autora da melhor tirada do dia. Ao notar que um menino que escolheu estava frustrado por não ter chamado a atenção de Victor & Léo, ela disse: "Você queria os meninos, né? Mas eu sirvo!" Em outro momento, debochada, referiu-se ao programa com cantores adultos como "The Voição".

A julgar por estes dois primeiros episódios, Ivete vai conseguir apagar da memória a sua participação no "Superstar", em 2014. Ao lado de Dinho Ouro Preto e Fabio Jr., ela integrou o primeiro júri do programa – e foi um desastre. Pouco à vontade, disse que tinha "pouca personalidade" e usou um mesmo adjetivo, "maravilhoso", para quase todos os candidatos.

ivetesilvioinstagramO "Superstar" foi, realmente, uma exceção (ou um ponto fora da curva, como alguns gostam de dizer) na carreira televisiva de Ivete. A cantora tem o hábito de topar todo tipo de desafio – e costuma se sair bem. Quem não se lembra dela dividindo o palco com Silvio Santos ou como atriz de novela (foi Maria Machadão, na versão de "Gabriela", de Walcyr Carrasco)?

O "The Voice Kids" é uma aposta menos arriscada. Ainda assim, é bom ver que a cantora está nadando de braçada.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.