Em Olimpíada sem exclusividade, só a Globo cresceu com transmissão
Mauricio Stycer
22/08/2016 15h10
Em um arranjo pouco comum, o COI (Comitê Olímpico Internacional) negociou os direitos de transmissão da Rio-2016 com três emissoras de TV aberta brasileiras. O negócio não foi dos mais positivos, porém, para Record e Band. Só a Globo viu a sua audiência crescer no período.
Ao longo de todo o período da Olimpíada, a Record ficou em terceiro lugar no Ibope, atrás do SBT, que manteve a sua programação normal.
Segundo dados do Ibope, entre 3 e 21 de agosto, a Globo registrou crescimento de audiência em todas as faixas horárias, na comparação com seus números de junho e julho. Em São Paulo, entre 7h e 0h, a emissora teve média de 17 pontos (com 37% de participação), um crescimento de 2 pontos (13%) em relação à média. Na mesma faixa, a Record registrou perda de 2 pontos, enquanto SBT e Band se mantiveram com a mesma média.
No Rio, a média das 7h à 0h da Globo foi de 21 pontos (44% de share), um aumento de 3 pontos em relação à média. A Record perdeu, na média, 1 ponto, enquanto SBT e Band não tiveram alteração na média.
Detalhando os dados em duas das faixas principais, a Globo também festeja bons números. Em São Paulo, das 12h às 18h, alcançou 15 pontos (33% de share), um crescimento de 3 pontos (25%) em relação à média. E das 18h às 24h, o chamado horário nobre, marcou 27 (42 % de participação), um crescimento de 3 pontos (13%).
No Rio, das 12h às 18h, a emissora teve durante os Jogos média de 20 pontos (41% de participação), quatro a mais que o normal. E das 18h às 24h, registrou 30 pontos (48% de share), um crescimento de 3 pontos.
A transmissão da cerimônia de encerramento rendeu à Globo, em São Paulo, média de 27 pontos (39% de participação), um crescimento de 8 pontos em relação à média no horário. E, no Rio, 30 (com 49% de share), também um crescimento 8 pontos (36%) sobre a média. A audiência da cerimônia, nas duas cidades, superou o encerramento das cinco Olimpíadas anteriores.
Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
Contato: mauriciostycer@uol.com.br
Sobre o blog
Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.