O Nobel de Bob Dylan na visão do fã: “Eu já sabia!”
Há vários sentidos, efeitos e consequências na concessão do Nobel de Literatura a Bob Dylan. Vou me limitar a falar do menos importante deles – o impacto do prêmio sobre os fãs.
Ainda que seja um artista bastante popular, Bob Dylan nunca foi uma unanimidade. A densidade poética de suas letras não é de fácil consumo. O tom nasalado da voz não ajuda quem tenta entender o que ele canta. Em shows, quase sempre muda o arranjo das canções mais famosas e dificulta a vida de quem quer cantar junto. Não é de dar entrevistas nem de explicar muito o que faz.
Quem gosta de Bob Dylan gosta mesmo. Ouve, lê, estuda, vai a shows (caros e, às vezes, ruins), ainda compra CDs… Quem é fã sempre soube que ele é um artista de uma dimensão especial, muito além da música pop – poeta, escritor, ativista, visionário, maluco…
Bob Dylan exige uma certa dedicação e o Nobel, como se ainda fosse necessário (depois de tantos outros prêmios, incluindo um Oscar e um Pulitzer, além de vários Grammy e um Globo de Ouro), reconforta o fã, mostra que ele sempre esteve certo no seu respeito e dedicação.
Feliz com a realização do seu objeto de admiração, o fã pode enfim dizer: "Eu já sabia!"
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