Vai ser difícil lembrar de algo dito no ótimo “Lady Night” de Tatá Werneck
Mauricio Stycer
12/05/2017 10h57
O Multishow exibe nesta sexta-feira (12) o 25º e último episódio da primeira temporada de "Lady Night". Comandado por Tatá Werneck, foi um dos melhores programas de humor já exibidos pelo canal.
Mais que os repetitivos papéis cômicos em novelas da Globo ("Amor à Vida", "I Love Paraisópolis" e "Haja Coração"), que a tornaram uma figura popular, em "Lady Night" Tatá teve a oportunidade de mostrar os talentos que os fãs da MTV já conheciam – inteligente, debochada, mestre do improviso.
Por conta do seu formato, no qual recebia convidados famosos atrás de uma mesa, "Lady Night" se fez passar por um talk show. Na verdade, as entrevistas, bem como os muitos quadros roteirizados, apenas serviram de pretexto para o show de humor da apresentadora.
A versátil Tatá recebeu artistas de várias áreas e calibres no programa, mas ao fim da temporada será difícil se lembrar de algo que qualquer um deles tenha dito – não era este o objetivo de "Lady Night". É um erro, neste sentido, classificar o programa como talk show.
Fez muito sucesso também o quadro "entrevista com o especialista", no qual Tatá fazia perguntas absurdas para profissionais de áreas como distúrbios de sono, implante capilar, fonoaudiologia, ufologia etc. O nonsense transformou estes encontros em puro humor.
Que venha a segunda temporada.
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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