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Zorra derrete Temer, explode o Congresso e diz que “o povo quer Diretas Já”

Mauricio Stycer

20/05/2017 23h37


Com um clipe de 70 segundos, o "Zorra" resumiu a crise política da semana de forma contundente neste sábado (20). A música "Bye, Bye, Brasil", de Chico Buarque, virou "Cai, Cai, Brasil" na versão do humorístico da Globo.

Uma fotografia do presidente Michel Temer derreteu diante da tela, enquanto o senador Aécio Neves aparecia atrás de um vidro furado a bala. "Aqui tá pior que Bagdá", cantou o "Zorra", enquanto o público via uma montagem com imagens do Congresso Nacional pegando fogo depois da explosão de uma bomba.

O clipe se encerra dizendo que, diante do vazio político, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, "não vai segurar" e o "povo quer Diretas Já".

Reformulado em 2015, o "Zorra" tem abordado desde então acontecimentos políticos em esquetes e clipes musicais. Toda a crise do ano passado, incluindo o impeachment de Dilma, a posse de Temer e a Lava-Jato, foi objeto de reflexão crítica e bem-humorada do programa. Este ano, o humorístico segue, desde a estreia da nova temporada, fazendo incursões no tema, mas nenhuma foi tão forte quanto a desta noite.


Abaixo, a letra de "Cai, Cai, Brasil"

"Cai, cai, Brasil
Mesada de R$ 500 mil,
pro Cunhar não dar nenhum pio,
foi isso que o Temer pediu
e o tal do Joesly gravou.

O Aécio também se encrencou,
dizendo que ia matar.

Aqui tá pior que Bagdá
Agora essa bomba explodiu.
A Dilma já caiu de lá
E o Temer tá por um fio

A gente não sabe quem vai governar
O Maia não vai segurar
O povo quer Diretas Já

Por favor
Cai, cai, Brasil".

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.