Autor de “Sob Pressão” brinca e diz que tem assunto para 28 anos de série
Encerrada a primeira temporada de "Sob Pressão", a equipe do roteirista Jorge Furtado já trabalha numa segunda fornada de episódios para 2018. O sucesso da série se mede pelos números de audiência e pelo impacto prático que a história, ambientada em um hospital público do Rio, teve sobre a realidade retratada.
Os nove episódios de "Sob Pressão" registraram média de 27 pontos, em São Paulo, um crescimento de 29% (6 pontos) na comparação com a média da faixa horária nas quatro terças anteriores à estreia. No Rio, a média foi de 30 pontos, um aumento de 30% (7 pontos) em relação à média anterior do horário.
Em entrevista ao blog, Furtado dá um exemplo da repercussão prática da série. Depois da exibição do episódio sobre doação de órgãos, aproximadamente 8 mil pessoas procuraram, pela primeira vez, informações para se tornarem doadoras em um portal dedicado ao tema.
Lembrei a Furtado que o diretor da série, Andrucha Waddington, havia me dito antes da estreia que o seu desejo era ficar dez anos no ar com "Sob Pressão". Brincando, o roteirista observou: "Por que só dez? Os Simpsons é um sucesso há 28 anos." Veja abaixo a entrevista:
O que a resposta tão boa do público a "Sob Pressão" te diz? Ou te ensina?
Muitas coisas precisam dar certo para uma série fazer sucesso: elenco, direção, produção, pesquisa, boas histórias. O bom resultado da série nos lembra que o tema, o assunto do qual se fala, é muito importante. "Sob Pressão" fala de um assunto que interessa a todos, a saúde, conta histórias de vida e de morte, e tem um forte componente realista, ambientadas um hospital público. Quem não tem uma lembrança de momentos de sofrimento, e também de superação e alegria, em hospitais? Personagens humanos, com defeitos e qualidades, e que superam grandes dificuldades são admiráveis.
Você tinha expectativa de um efeito prático dos episódios (com as campanhas divulgadas ao final de cada um). A resposta foi a esperada?
Nós tínhamos esperança que a série comovesse o público quanto a importância de enfrentar alguns dos graves problemas da saúde no Brasil, as cartelas informativas no final dos episódios indicavam ações possíveis. A Globo ampliou o efeito da campanha com matérias do jornalismo, com vídeos com entrevistas e o efeito foi extraordinário, estamos todos muito felizes com isso. Depois que o episódio sobre doação de órgãos foi ao ar, por exemplo, aproximadamente 8 mil pessoas procuraram, pela primeira vez, informações para se tornarem doadoras no site da Adote – Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos, um portal de informação e conscientização sobre o tema.
O que o público pode aguardar da segunda temporada? Haverá alguma mudança significativa?
"Sob Pressão" trata de temas que não se esgotam. Prefiro não contar nada sobre a próxima temporada. Se eu disser alguma coisa, pode acreditar que não será verdade (risos).
O sucesso da primeira temporada sugere, como disse o diretor Andrucha Waddington, quando conversamos, que esta série é um projeto para dez anos?
Por que só dez? "Os Simpsons" é um sucesso há 28 anos.
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