“MasterChef” já fica 75% do ano na grade da Band e vê a audiência cair
Mauricio Stycer
07/12/2017 13h42
A Band exibiu o "MasterChef" ao longo de 39 semanas em 2017 – fora os especiais. Isso significa dizer que o programa esteve na grade da emissora ao longo de 75% do ano. A audiência, como se pode imaginar, apontou para baixo.
A dependência da emissora em relação ao formato é crescente e visível. A primeira edição com cozinheiros amadores, em 2014, teve 16 participantes e 17 episódios. Foi um grande sucesso comercial, de audiência e repercussão.
No ano seguinte, já houve um pequeno crescimento, com 18 candidatos e 18 episódios. E, de quebra, 35 dias depois da final, a emissora lançou o "MasterChef Junior", com 20 participantes e apenas nove episódios. Assim, foram 27 semanas, ou meio ano, de reality de culinária em 2015.
O sucesso levou, em 2016, a uma nova extensão do programa – 21 participantes e 25 episódios (cinco meses de programa). E o lançamento do "MasterChef Profissionais". A estreia ocorreu em 4 de outubro, 42 dias depois da final da terceira edição. Foram 11 episódios, até 13 de dezembro. O ano, portanto, teve 35 semanas de reality na Band.
Em 2017, a dependência do "MasterChef" alcançou o ápice (até agora). A edição normal, novamente com 25 episódios, terminou em 22 de agosto e a versão "Profissionais" foi ao ar apenas duas semanas depois. Além disso, o programa foi mais longo – 14 episódios. Ou seja, um total de 39 semanas de programa.
A audiência média do primeiro "MasterChef Profissionais", em São Paulo, foi de 6,84 pontos. Este ano, mais longo e com menor intervalo em relação à versão com cozinheiros amadores, a média despencou para 4,86 pontos. A mensagem do público parece clara, não?
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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