Top 10: Fiuk, Gugu, Eliana e outros sete erros marcantes da TV em 2017
Dando início aos festejos de fim de ano do blog, publico a primeira retrospectiva dedicada à programação de TV em 2017, falando dos piores do ano e dos maiores erros cometidos. Como de hábito, esta é uma lista muito pessoal, sem a pretensão de encerrar o assunto. Convido os leitores a comentarem, criticarem e apresentarem outras sugestões.
1. Sem jeito como ator, Fiuk destoa do elenco de A Força do Querer
Premiado por Glória Perez com um papel importante em "A Força do Querer", Fiuk não apenas decepcionou como virou piada. Com gestos exagerados e caretas, dificuldades em modular a voz (gritava muito), o ator demonstrou falta de repertório nas cenas dramáticas em que contracenou com atores mais experientes e bem equipados. Foi o "Cigano Fiuk".
2. Eliana imagina morte de Silvio Santos para mostrar a reação da filha
Depois da licença-maternidade, Eliana voltou ao SBT com uma novidade de peso: o quadro "Com o passar dos anos". A atração tem tido muita repercussão e boa audiência, mas é de profundo mau gosto. Em uma edição, Silvia Abravanel "envelheceu" 20 anos e foi convidada pela apresentadora a imaginar a morte de Silvio Santos.
3. Em "Apocalipse", propaganda religiosa da Record fica mais explícita
Primeira novela bíblica da Record ambientada nos dias atuais, "Apocalipse" está enfrentando rejeição de parte do público. Ao apostar numa história contemporânea, o entretenimento que as produções anteriores ofereciam ficou em segundo plano diante das mensagens religiosas. O teor é basicamente o mesmo, mas o que em "Os Dez Mandamentos" parecia estar dentro de um contexto, em "Apocalipse" soa apenas como propaganda e arma em uma guerra religiosa.
4. O surreal Carnaval da RedeTV! superou todos os limites em 2017
Sem fazer muito esforço, a RedeTV! continua a apresentar a cobertura de Carnaval mais absurda e, eventualmente, divertida da televisão brasileira. Com sua equipe de repórteres desinibidos, apresentadores desbocados, câmeras tarados e gente disposta a fazer qualquer coisa para aparecer na televisão, "Bastidores do Carnaval" é um ótimo remédio contra o tédio. Mas, mesmo para os padrões da emissora, a cobertura de 2017 exagerou. E Ju Isen, pintada de verde, está aí para nos lembrar disso.
5. Band exagera e deixa "MasterChef" no ar durante 75% do ano
A Band exibiu o "MasterChef" ao longo de 39 semanas em 2017 – fora os especiais. Isso significa dizer que o programa esteve na grade da emissora ao longo de 75% do ano. A audiência, como se pode imaginar, apontou para baixo.
6. "Vídeo Show" insiste que Sophia Abrahão pode ser apresentadora
Apesar da insistência da Globo, Sophia Abrahão não dá o menor sinal de que está conseguindo se dar bem na tarefa de apresentar o "Video Show". Tensa, sem jogo de cintura, reproduz mecanicamente o texto que aparece no teleprompter. Por que a emissora está insistindo nesta aposta? Por acreditar que os milhões de fãs da atriz nas redes sociais vão agregar audiência ao programa.
7. Sem assunto, Gugu exibiu um especial sobre o filho de Sidney Magal
Gugu Liberato teve um ano para esquecer na Record. Sem assunto, desconfortável no ar e passando a impressão de que estava no piloto-automático, o apresentador empurrou o seu programa com a barriga. Um bom exemplo do desastre foi a noite quase inteiramente dedicada ao fotógrafo Rodrigo West, apresentado como "o filho gato de Sidney Magal".
8. Promoção de Otavio Mesquita dura pouco e volta para a madrugada
Em março, Otavio Mesquita ganhou, finalmente, um prêmio do SBT – uma atração aos sábados, às 18h15, e com o seu nome no título. Uma promoção em relação ao "Okay Pessoal", que ficou dois anos escondido nas madrugadas da emissora. O problema é que o novo programa demonstrou a mesma falta de criatividade que o anterior – e Mesquita voltou para a madrugada.
9. "Os Dias Eram Assim" foi o programa mais baixo astral do ano
Novela ou "supersérie", como a Globo preferiu chamar, "Os Dias Eram Assim" foi uma decepção. A trama de Angela Chaves e Alessandra Poggi apostou no convencional, com um melodrama baixo astral, e foi muito pouco feliz ao tentar retratar os anos da ditadura militar no Brasil.
10. Didático ao extremo, "Amor & Sexo" se assumiu como "telecurso"
No ar desde 2009, "Amor & Sexo" sempre teve um pé ancorado no didatismo. Mas frequentemente conseguiu ser um programa muito lúdico e divertido. Na temporada 2017, a atração fez, em alguns episódios, uma opção radical – a de dar lições sérias sobre temas essenciais. Virou um "telecurso", chato.
Comentários são sempre muito bem-vindos, mas o autor do blog publica apenas os que dizem respeito aos assuntos tratados nos textos.
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