Terceira edição do “Dancing Brasil” em nove meses só muda o dia, e faz bem
Mauricio Stycer
18/01/2018 00h20
Sem medo de esgotar a fórmula nem de cansar o espectador, a Record estreou nesta quarta-feira (17) a terceira edição do "Dancing Brasil" em um intervalo de menos de dez meses.
Comandado por Xuxa Meneghel, a competição de dança foi exibida pela primeira vez entre 3 de abril e 26 de junho de 2017 e, logo depois, entre 24 de julho e 25 de setembro ganhou uma segunda edição. Nas duas ocasiões, ocupando a faixa das segundas-feiras, o programa registrou medias entre 5 e 6 pontos no Ibope, em São Paulo.
A maior novidade desta terceira edição é o dia em que o programa vai ao ar – às quartas-feiras, no horário que era ocupado por Gugu Liberato. Tenho a impressão que será uma boa experiência para o "Dancing Brasil" competir com as noites de futebol da Globo, especialmente nestes primeiros meses do ano, em que ocorrem competições estaduais menos atraentes.
Segundo o Ibope, o episódio de estreia da nova temporada registrou média de 8,1 pontos, a maior na história do programa, mas ainda assim deixando a Record em terceiro lugar no horário. A Globo ficou em primeiro, com 20 pontos, seguida pelo SBT (9,1).
A outra novidade na estreia foi a substituição de Sergio Marone por Leandro Lima na função de assistente de Xuxa. Quase não deu para notar. Saiu um ator, entrou outro e o texto segue o mesmo, repleto de perguntas óbvias e mensagens de apoio aos candidatos.
A abertura do programa, como de hábito, foi caprichada. Uma coreografia, gravada em um viaduto em São Paulo, buscou reproduzir a cena inicial do filme "La La Land" (2016). Xuxa segue com a mesma animação de sempre e o trio de jurados (Jaime Arôxa, Fernanda Chamm e Paulo Goulart Filho), igualmente, continua eficiente, mesclando broncas com incentivo aos candidatos. Na estreia, nenhum casal foi eliminado.
Atualizado em 18/1, às 12h30.
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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