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“Violência e sexo” elevam classificação indicativa de “Deus Salve o Rei”

Mauricio Stycer

07/03/2018 12h06


O Ministério da Justiça mudou a classificação indicativa da novela "Deus Salve o Rei", exibida pela Globo na faixa das 19h30. Antes recomendada para maiores de 10 anos (imagem acima), agora passa a ser indicada para maiores de 12 anos. Cenas de "violência e conteúdo sexual" levaram à mudança, publicada nesta quarta-feira (07) no "Diário Oficial".

Não é, evidentemente, uma boa notícia para a Globo, que preferia ver o folhetim de Daniel Adjafre recomendado para o maior público possível. A decisão do governo expõe a dificuldade de exibir uma trama sobre a rivalidade entre dois reinos medievais, com pitadas de "Game of Thrones", no horário das 19h.

A mudança na classificação indicativa reflete o andamento de "Deus Salve o Rei". Não seria possível fazer uma novela com este enredo sem batalhas campais – e encená-las com um mínimo de credibilidade exige a exibição de alguma violência. Da mesma forma, as aventuras conjugais do rei Rodolfo (Johnny Massaro), assim como as da princesa Catarina (Bruna Marquezine) apimentaram um pouco a trama.

Globo discorda da decisão, mas vai alterar a classificação

Questionei a Globo sobre a decisão do Ministério da Justiça e a emissora respondeu: "Apesar de discordarmos da reclassificação sugerida e entendermos que a novela é adequada para crianças menores, optamos por alterar a autoclassificação para 12 anos, porque esse é o entendimento do Ministério e a novela seria reclassificada de qualquer forma".

Atualizado às 20h15


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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

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