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Menos naturais na volta ao reality, D´Black e Nadja parecem maus atores

Mauricio Stycer

05/06/2018 18h34

Sair de um reality show e ter a oportunidade de voltar, sabendo como o público está vendo o programa, representa uma grande vantagem, mas também pode ser um problema. O comportamento do casal formado por D´Black e Nadja mostra isso muito bem.

Na primeira passagem pelo "Power Couple", o cantor e sua mulher causaram boa impressão no público por causa da estranha interação que mantiveram no confinamento. Mandona, Nadja deu broncas homéricas e, até, humilhou o marido em várias situações. Mal-humorada, a empresária também criou problemas com outros participantes e parecia sempre pronta a explodir.

Este é um tipo de comportamento excelente para um reality show. Ao serem eliminados, Nadja e D´Black devem ter percebido que fizeram sucesso "aqui fora" justamente pelo que têm de pior.

Não à toa, na repescagem, os espectadores votaram pela volta deles. As urnas mandaram um recado claro: queremos mais brigas, mais confusões. Quanto pior, melhor!

O cantor e sua mulher entenderam a mensagem. Desde que voltaram estão se desdobrando para fazer barulho. A prova na noite de segunda-feira (04) foi exemplar deste esforço. Eles se saíram bem mal e, em pouco tempo, começaram a brigar. D´Black chamou a mulher de "víbora" e ela foi logo contar para as "amigas" que o marido a xingou de "jararaca".

Não muda muita coisa este pequeno erro (veja no vídeo acima). O que atrapalha é a sensação de que Nadja e D´Black perderam a espontaneidade e, como alunos de um curso rápido de teatro, estão desempenhando mal os papéis que escolheram. Estão canastrões. Cheios de caras e bocas, posando para as câmeras. Algo se perdeu nesta volta deles ao "Power Couple".

Atualizado à 0h15 de 6/6: D´Black e Nadja foram eliminados com 48,41% dos votos na noite desta terça-feira. O casal estava na DR junto com Tati Minerato e Marcelo Rocha. Desta forma, a segunda chance da dupla durou apenas sete dias.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

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