Choque de Cultura faz piada com excesso de choro no programa de Faro
Mauricio Stycer
07/10/2018 17h29
Se alguém tinha alguma dúvida que o "Choque de Cultura" teria liberdade para falar sobre qualquer assunto na Globo, o segundo episódio do programa deixou bem claro que os fãs não devem se preocupar. Exibido neste domingo (07), dedicado ao filme "Uma Noite no Museu 3", um dos alvos das piadas do grupo foi um programa concorrente, "Hora do Faro", exibido na Record.
A brincadeira começou com uma observação do mediador Rogerinho do Ingá (Caito Mainier), que reclamou dos demais integrantes do debate: "A gente tá começando a desviar do assunto aqui e você sabe que TV aberta quando desvia de assunto, o pessoal muda de canal".
Renan (Daniel Furlan) respondeu: "Aí não tem jeito, Rogerinho. Tem muitas atrações. Não tem como segurar. Tem o Rodrigo Faro sempre emocionadíssimo, diante da situação de infelicidade extrema do telespectador".
Rogerinho pediu: "Não pode falar isso aqui, não". Mas Renan não obedeceu: "Eu falo, sim. Eu fico preocupado que ele tá sempre chorando. No ar-condicionado, no estúdio, mas tá sempre chorando".
Rogerinho completou a piada: "Ninguém pode saber que têm outros canal, não. Só tem um canal só. É esse aqui". Muito bom.
O apresentador da Record reagiu com mau humor à brincadeira do Choque de Cultura. Ele recorreu ao Stories, em sua conta no Instagram, para postar uma série de mensagens em resposta à piada feita pelo grupo de humor (veja a sequência acima). Entre o segundo e o terceiro comentário, o apresentador postou reproduções de textos que registram sucessos de audiência de seu programa.
Não era para tanto, Faro. O "Choque" sempre fez piadas com todo mundo, indiscriminadamente. Na estreia na Globo, por exemplo, o quadro riu do início ao fim de Marcio Garcia, apresentador da própria emissora.
Em tempo: Quando é uma interrogação, o "por que" (ou "por quê") se escreve separado, e não junto, como aparece em duas das mensagens de Faro.
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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